DISFUNÇÃO ERÉTIL

Viagra eletrônico está em fase de testes e será acionado por controle remoto

Entenda como vai funcionar o dispositivo desenvolvido por um brasileiro que poderá substituir as próteses e injeções

Disfunção erétil.Créditos: Reprodução/Flickr Commons
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Está em fase de testes o CaverSTIM, um neuroestimulador criado na Suíça pelo brasileiro Rodrigo Araújo, em parceria com Nikos Stergiopulos, que tem como objetivo combater a disfunção erétil.

O dispositivo, que vai funcionar com um controle remoto, é desenvolvido para substituir pacientes que não conseguem resolver a disfunção com o citrato de sildenafila ou a tadalafila, conhecidos comercialmente como Viagra e Cialis.

Segundo levantamento, cerca de 30% dos homens não conseguem resolver o problema com estes medicamentos. As alternativas existentes são extremamente desconfortáveis: a injeção peniana e a prótese.

A injeção peniana estimula a circulação de sangue no pênis, levando a ereção e precisa ser aplicada de cinco a quinze minutos antes do sexo, o que pode gerar constrangimento. Já a prótese peniana é implantada através de cirurgia, com a implantação de dois cilindros que ficam ao longo do pênis e precisa ser bombeada na hora do sexo.

Constrangimento

Rodrigo Araújo comentou para o g1 os métodos existentes e a razão do seu projeto:

“É um constrangimento porque nenhuma das duas opções é natural para a pessoa que tem a disfunção. Ter que bombear ou aplicar uma injeção na hora do sexo quebra o clima. A ideia do dispositivo é trazer conforto e discrição”, disse.

O dispositivo é um neuroestimulador que funciona como se fosse um marcapasso. Os eletrodos são implantados na região pélvica e o estimulador entrega estímulos nos nervos que levam o estímulo da ereção.

O CaverSTIM foi implantado há seis meses, em período de testes, em 12 pacientes nos Estados Unidos, Austrália e Brasil. Os pesquisadores afirmam que não houve efeito colateral e a fase inicial foi considerada um sucesso. A seguir, o dispositivo deverá ser expandido para 150 homens e deverá, se tudo der certo, ser apresentado aos órgãos reguladores para ir ao mercado até 2027.

Com informações do g1