Que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem uma paranoia com sua masculinidade e vive a enaltecer sua suposta “infalibilidade” viril na intimidade, todos já sabem. No entanto, o que muita gente não esperava é que o chefe de Estado, durante a solene cerimônia do Bicentenário da Independência do Brasil, uma data histórica e importantíssima para a própria existência da nação, iria falar de seu pretenso desempenho sexual, constrangendo a todos e tornando o assunto uma vergonha mundial para o país. Em meio aos seguidores, num palanque instalado na Esplanada dos Ministérios, ele instou sua claque a gritar em coro “imbrochável, imbrochável, imbrochável”.
No entanto, a insistência patológica de Bolsonaro em falar que ele não falha durante um ato sexual, segundo dados científicos, tem grandes chances de ser uma bravata regurgitada em decorrência de sua insegurança. Publicada numa revista científica norte-americana chamada “Translational Andrology and Urology” (Andrologia e Urologia Translacional), uma pesquisa realizada por médicos dos EUA, denominada “Aging related erectile dysfunction” (Disfunção erétil relacionada ao envelhecimento), revela que falhar durante um ato sexual, ou seja, não conseguir ter uma ereção satisfatória, é algo que certamente ocorrerá com todos os homens sexualmente ativos uma vez na vida, sobretudo com os mais velhos.
Um outro estudo, realizado por acadêmicos também norte-americanos no decorrer da década de 80, com uma população masculina do Estado de Massachussetts, mostrou que na faixa de idade próxima à do presidente Jair Bolsonaro, que tem 67 anos, a taxa de disfunção erétil é de 70%.
O “Turkish Journal of Urology” (Jornal Turco de Urologia) também já divulgou artigos científicos sobre o tema e as estatísticas desse novo levantamento apresentam uma taxa ainda mais severa. A pesquisa “Prevalence of erectile dysfunction in men over 40 years of age in Turkey” (Prevalência de disfunção erétil em homens com mais de 40 anos na Turquia), de 2017, revelou que próximo aos 70 anos, três a menos que a idade do presidente brasileiro, 82,9% apresentam problemas para conseguir uma ereção funcional.