Um estudo publicado na revista científica The Lancet afirmou que caminhar diariamente pode reduzir a frequência da dor na lombar dos pacientes.
O levantamento do Grupo de Pesquisa em Dor Espinhal da Universidade Macquarie analisou dados de 701 adultos que haviam se recuperado de um episódio de dor na lombar recente.
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Alguns foram encaminhados para caminhada e outros não seguiram nenhum protocolo de exercícios físicos, como um grupo de controle. Os membros do estudo foram analisados por cerca de três anos.
Segundo os pesquisadores, os participantes do grupo que entraram no programa de caminhada demoraram o dobro de tempo para experienciar um episódio de dor nas costas.
O autor principal do artigo, Professor de Fisioterapia da Universidade Macquarie, Mark Hancock, afirma que as descobertas podem ter um impacto profundo na forma como a dor lombar é manejada.
“O grupo de intervenção teve menos ocorrências de dor limitante da atividade em comparação com o grupo de controle e um período médio mais longo antes de uma recorrência, com uma mediana de 208 dias em comparação com 112 dias", diz Hancock em um comunicado publicado no Eurekalert.
“Caminhar é um exercício de baixo custo, amplamente acessível e simples que quase qualquer pessoa pode praticar, independentemente de localização geográfica, idade ou status socioeconômico", completa.
A autora principal, Dra. Natasha Pocovi, também reforçou que os benefícios econômicos da caminhada, que é gratuita, são benéficos a longo prazo.
“Não só melhorou a qualidade de vida das pessoas, mas reduziu pela metade a necessidade de buscar saúde privada e o tempo de afastamento do trabalho,” diz ela.
Agora, os pesquisadores buscam entender qual é o método pelo qual a caminhada melhora a dor nas costas. “Não sabemos exatamente por que caminhar é tão bom para prevenir a dor nas costas, mas provavelmente inclui uma combinação de movimentos oscilatórios suaves, carga e fortalecimento das estruturas e músculos espinhais, relaxamento e alívio do estresse, e liberação de endorfinas que promovem a sensação de bem-estar", afirmou Hancock.
“Nossa pesquisa mostrou que essa forma de exercício eficaz e acessível tem o potencial de ser implementada em uma escala muito maior do que outras formas de exercício", completa.