A BioNTech da Alemanha, empresa conhecida por produzir a vacina contra a COVID-19 em parceria com a Pfizer, divulgou nesta quarta-feira (20) uma queda nas receitas e lucros em 2023, que se deve à mudança de foco da empresa para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer, área que a BioNTech considera promissora para o futuro. A comercialização de um medicamento presente na vacina desenvolvida pelo laboratório já está prevista para 2026.
“A empresa pretende continuar a desenvolver os seus projetos tendo em vista o seu primeiro lançamento em oncologia”, destaca a nota da BioNTech. Fundada em 2008, a BioNTech concentrou seus esforços iniciais na pesquisa e desenvolvimento de imunoterapias para o câncer. A empresa já possui experiência no desenvolvimento de tratamentos para diversos tipos de tumores, incluindo próstata, melanoma, cabeça, pescoço e ovário.
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Com a queda de mortes e infecções por Covid no mundo, o laboratório volta a concentrar seus esforços no combate ao câncer. A empresa espera ter dez de seus tratamentos contra o câncer aprovados para comercialização até 2030. A vacina vai utilizar uma tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico contra as doenças e compete com o laboratório americano Moderna, que já prevê a liberação da vacina contra câncer de pele para o ano que vem.
De acordo com a BioNTech, em vez de atacar diretamente as células cancerígenas, as novas terapias imunológicas se concentram em fortalecer o sistema imunológico dos pacientes, permitindo que ele combata a doença de forma mais eficiente. “Existem muitos tipos de câncer em diferentes fases e a doença difere de um paciente para outro”, disse em comunicado o cofundador da BioNTech, Ugur Sahin.
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“Nosso objetivo é desenvolver uma vacina contra o câncer feita sob medida para cada paciente”, diz. O laboratório alemão também acredita que será possível realizar tal feito, mas que o processo de produção será mais complexo em comparação às vacinas contra o coronavírus.
*Com informações de Reuters