Nesta segunda-feira (11), a modelo e produtora de conteúdo adulto Andressa Urach anunciou que vai retirar quatro costelas para fins estéticos, duas de cada lado do corpo. A informação foi divulgada à revista Quem.
"Sou muito vaidosa e sempre tive o sonho de ter a cintura ainda mais fina. Tenho 72 cm e com essa cirurgia existe a possibilidade de diminuir de seis até 18 centímetros. Acho que vou ficar com o corpo ainda mais sexy para meus vídeos de conteúdo adulto. Imagina que lindo, peito bem grande e cintura bem fina. Quero vender mais conteúdos", disse.
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Há exatos 10 anos, Andressa teve complicações após aplicação de hidrogel nas pernas durante uma cirurgia plástica. Na época, ela ficou em estado gravíssimo e passou por 22 cirurgias para a retirada das substâncias do corpo.
No ano seguinte, em 2015, a modelo chegou a contar que já havia considerado retirar as costelas, mas que desistiu depois do trauma. No entanto, agora afirma que "não tem mais medo da morte". "Acho que um dia vou morrer e quando chegar a hora chegará. Depois que conheci Jesus não tenho mais medo da morte! Mesmo pecadora, tenho certeza da minha salvação nele", disse durante a entrevista.
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A onda de procedimentos estéticos
A realização de procedimentos estéticos para atingir um padrão de beleza imposto às mulheres cresce a cada ano. Desde cirurgias plásticas para preenchimento labial ou para colocar silicone a procedimentos mais invasivos como o de Urach, essa onda para remodelar o corpo toma conta dos conteúdos na internet.
Segundo uma pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a busca por procedimentos estéticos no Brasil cresceu 390%. Cerca de 80% dos 1,2 mil entrevistados já haviam feito algum procedimento, mas não invasivo.
Já outro estudo, realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), revelou que, em média, 1,5 milhões de cirurgias plásticas são realizadas por ano no país. O Brasil já se coloca como o segundo no ranking de países que mais realizam cirurgias estéticas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Um procedimento estético que está em alta nos últimos tempos é a harmonização facial, que já causou prejuízo para diversos influenciadores. O caso mais recente a viralizar foi o da influencer Mariana Michelini Redigol, de 35 anos, que perdeu parte do lábio superior após realizar a harmonização com um dentista em 2020. Há quatro anos, ela passa pelo processo de recuperação do seu rosto.
Mas afinal, qual o risco de retirar as costelas?
O corpo humano tem, ao todo, 24 costelas, 12 de cada lado. Elas são responsáveis por proteger a caixa toráxica, preservando os pulmões, o coração, o fígado, o baço e parte dos intestinos. Além disso, também garantem a estabilidade do corpo.
Os dois últimos pares, chamados de costelas flutuantes, são os únicos que não se unem na frente - e justamente os que as mulheres buscam retirar durante a cirurgia. Elas são responsáveis por proteger os órgãos localizados na porção posterior da cavidade torácica e abdominal superior, como os rins. Também são elas que fornecem sustentação para vários músculos desta região, como o diafragma e os músculos intercostais.
Retirar as costelas deixa a região do tórax mais exposta a lesões graves e traumas. Assim, caso a pessoa sofra um acidente na região, os músculos e órgãos localizados ali ficam mais suscetíveis a perfurações. Além disso, a cirurgia pode causar uma instabilidade no tórax, causando dificuldade na respiração, uma vez que o corpo vai tentar compensar a falta das costelas nos músculos respiratórios. A pessoa também pode desenvolver problemas de postura.
Devido aos seus riscos a curto, médio e longo prazo, a cirurgia é desaprovada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, apesar de ter ganhado popularidade nos últimos anos.