FAUSTÃO

Furou? Transplante de Faustão traz de volta falsa polêmica da fila de doadores

Sistema Nacional de Transplantes (SNT) informa que tem 38,9 mil pessoas na fila, 20,5 mil delas apenas em São Paulo, de onde é o apresentador

Faustão em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record.Créditos: Reprodução/TV Record
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Da mesma maneira como ocorreu em agosto do ano passado, quando o apresentador Fausto Silva se submeteu a um transplante do coração, a polêmica está de volta. O apresentador teve que se submeter às pressas a um transplante de rim na última segunda-feira, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O fato voltou a suscitar a discussão de que, por ser uma celebridade, ele teria furado a fila dos transplantes.

Segundo o painel do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), atualizado nesta terça-feira, 38,9 mil pessoas aguardavam na fila dos transplantes, 20,5 mil delas apenas em São Paulo, local de origem de Faustão. O comunicado, no entanto, não especificou quanto tempo o apresentador permaneceu na fila do transplante.

Ao contrário de outros órgãos, no caso de transplantes de rim, há a possibilidade de existirem dois tipos de doadores: os vivos (parentes ou não) e os falecidos. No caso de pessoas que faleceram, o órgão entra no SNT e segue a fila de espera nacional.

A fila para receber órgão é única. Nela estão tanto os pacientes da rede pública quanta da rede privada. O critério não é apenas por ordem de chegada. Outros são levados em conta, como tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade, distintos para cada órgão.

Um novo ranking é gerado a cada órgão doado. O tipo sanguíneo do paciente que vai ser transplantado é um dos mais importantes. Se o tipo for B, como o de Faustão, por exemplo, todos os que estão na fila que tenham tipos diferentes serão descartados daquele rim.

Ninguém fura a fila

Nem Faustão e nem ninguém é capaz de furar a fila dos transplantes. O paciente que será operado primeiro é definido por um sistema informatizado, que contém os dados de todos os pacientes que esperam pelo órgão. A lista contém tanto os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto aqueles que são atendidos pela rede privada.

Vez ou outra, uma pessoa pode avançar na lista de espera e depois voltar para as posições anteriores. Isso ocorre, por exemplo, quando alguém que era prioritário para o transplante tem algum tipo de infecção e fica impossibilitado de fazer a cirurgia.