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Nova descoberta sobre Alzheimer pode mudar o modo como doença é tratada

Cientistas descobriram que doença possui variantes distintas, que exigem tratamentos diferentes

Alzheimer atinge, em geral, a terceira idade. Imagem Ilustrativa.Créditos: Freepik
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A doença de Alzheimer tem cinco variantes biológicas. Foi o que descobriram cientistas liderados pela pesquisadora Betty Tijms, da Universidade Livre de Amsterdã, em um estudo publicado na última terça-feira (9) na revista científica Nature Aging.

A pesquisa, feita a partir da análise do líquido cefalorraquidiano – um fluido corporal localizado no cérebro e relacionado ao sistema nervoso, principal vítima do Alzheimer – de mais de 400 pacientes, mostrou que a doença pode afetar o cérebro de maneiras diferentes dependendo de sua variante.

Nesse sentido, cada variante responde de maneira diferente aos tratamentos. A descoberta é um passo importante no caminho da ciência para encontrar alternativas de tratamento mais eficazes para esse mal tão complexo.

Como foi feita a descoberta

Os cientistas usaram os dados permitidos de indivíduos do Centro de Alzheimer de Amsterdã. Foram ao todo 606 sujeitos, dos quais 419 eram diagnosticados com Alzheimer e 187 não tinham a doença, fazendo parte do grupo controle.

Através de um estudo de proteínas do líquido cefalorraquidiano dos pacientes, os cientistas identificaram os cinco subtipos da doença de Alzheimer. Cada um apresenta características biológicas exclusivas e um perfil de risco genético distinto.

Os tipos também se manifestam em resultados clínicos diferentes, por exemplo, no tempo de sobrevivência e na atrofia cerebral do doente.

As diferenças deixam claro que o tratamento também deve ser distinto para cada subtipo. A esperança dos pesquisadores é que, com uma abordagem personalizada para cada variante da doença, possa-se desenvolver terapias mais eficazes e novos medicamentos, além de um diagnóstico precoce e meios de retardar o desenvolvimento da doença.