A busca pelo corpo físico perfeito passa por um ideal inatingível. Para alcançá-lo, as pessoas procuram por processos de emagrecimento com efeitos rápidos e facilmente perceptíveis - nem sempre prezando por uma alimentação saudável ou levando em consideração eventuais riscos à saúde. São muitos os exemplos de dietas na moda: desintoxicante, jejum intermitente, low carb, mediterrânea, entre outros.
Os corpos idealizados, projetados em artistas e celebridades, costumam nos servir de modelo para uma silhueta saudável. E, por via de regra, peso e saúde são colocados como sinônimos de forma equivocada. Sem a informação necessária, as pessoas tendem a adotar dietas que prometem "resultados milagrosos" sem avaliar os seus riscos e eficácia.
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"As dietas desintoxicantes não eliminam nenhum elemento tóxico do nosso corpo. É um mito", afirma a nutricionista Ana Brito Costa, autora de "As Dietas da Moda: Impactos Clínicos". Os regimes para emagrecer visam resultados imediatos em detrimento da saúde da pessoa.
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Mudanças no estilo de vida, como o reaprendizado do comer e a ingestão de alimentos de valor nutricional agregado são dicas da nutricionista para a perda de gordura corporal e crescimento da massa muscular.
Em razão de pressão estética por parte da mídia – vide revistas de dietas sem comprovação científica – as mulheres são as que mais seguem os processos de emagrecimento. Segundo a Fundação Francisco Manuel dos Santos, 52% das mulheres portuguesas com peso dentro da faixa sugerida sentem que têm peso excessivo.
Com o crescimento da adoção das dietas, a alimentação e a segurança nutricional das pessoas é ameaçada. Dados captados em março de 2023 pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) revelam que 36,38% das mulheres adultas brasileiras tem algum tipo de obesidade. Apesar de a doença configurar sobrepeso, uma pessoa obesa pode ter, simultaneamente, insegurança nutricional. Ou seja, a ingestão de nutrientes pode não ser suficientemente variada e numerosa para a saúde da pessoa.