A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente que o aspartame, um tipo de adoçante artificial, foi adicionado à lista de substâncias “possivelmente cancerígenas”. No entanto, a quantidade consumida deve ser bastante elevada para provocar problemas de saúde. A quantidade de 40 mg por quilo de peso é a ingestão diária aceitável de aspartame.
Com base em evidências científicas, a agência avalia o potencial risco de outros alimentos para a saúde. Isso inclui revisões e análises de estudos epidemiológicos, estudos em animais e laboratoriais. Elas são realizadas para garantir que as recomendações da OMS sejam baseadas nas informações mais atualizadas e confiáveis disponíveis.
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Quais são as categorias de risco para classificação de substâncias e alimentos:
- Grupo 1 - Cancerígeno
- Grupo 2A - Provavelmente cancerígeno
- Grupo 2B - Possivelmente cancerígeno
- Grupo 3 - Não classificável
1- Aspartame
Recentemente, a Iarc, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, trouxe evidências científicas para considerar o aspartame como uma substância potencialmente carcinogênica. Desde 1980, o adoçante artificial é utilizado como substituto do açúcar e também em produtos como alimentos processados e refrigerantes.
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Conforme os especialistas, o aspartame tem tido a sua segurança testada regularmente pelas agências da OMS, sendo um dos aditivos alimentares mais pesquisados no mundo. Ele é definido como seguro para os consumidores nos níveis consumidos pela população, até o momento.
Por exemplo, um adulto com 70 kg deveria consumir 66 latas de Coca-Cola zero açúcar ao dia para ultrapassar o limite diário do aspartame. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) publicou no dia 14 de julho um posicionamento orientando para que as pessoas não consumissem mais o adoçante.
2- Carnes processadas
Desde 2015, a OMS classifica carnes processadas, como salsicha, presunto e bacon, como cancerígenas para os seres humanos. Há evidências científicas que associam o consumo desses alimentos ao aumento do risco de câncer, principalmente localizados no estômago e cólon. Isso porque esses alimentos passam por um processo de industrialização os quais fazem liberar substâncias cancerígenas, como os chamados nitritos.
Ela recomenda limitar o consumo diário de carnes processadas a 50 g, o equivalente a uma salsicha ou cerca de quatro fatias de presunto. Consumir mais do que a quantidade estipulada pode aumentar em 18% o risco de câncer de intestino e reto. Para reduzir os riscos, é recomendável optar por carnes frescas, peixes, aves, legumes, grãos e outras fontes de proteína.
3- Bebidas alcóolicas
“Quanto maior o consumo, maior o risco. Entretanto, a OMS relata que metade dos cânceres atribuídos ao álcool é causada por consumo leve a moderado de álcool. Não existe quantidade segura de álcool”, Maria de Lourdes Teixeira, gastroenterologista e coordenadora de terapia nutricional da BP.
A agência classifica o álcool como uma substância que causa câncer desde 2012. O consumo de álcool, independentemente da quantidade ou tipo, está relacionado ao aumento do risco de câncer na boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama.
O álcool é uma substância que pode danificar diretamente o DNA das células, causar estresse oxidativo que danifica os genes e facilitar a entrada, nas células, de carcinogênicos ambientais. A alteração do metabolismo e o organismo menos nutrido, decorrente do intenso uso de álcool, leva ao surgimento de tipos de câncer.
4- Carne vermelha
"Provavelmente cancerígeno para os humanos", o consumo de carne vermelha também entrou na lista da OMS. Quando muito consumido, o alimento pode levar ao desenvolvimento de câncer, principalmente, de intestino (cólon e reto).
O ferro heme é um nutriente que possui efeito tóxico para as células e está presente na carne processada. Quando consumida em excesso pode levar ao câncer também. Por isso, a recomendação é consumir até 500 g de carne cozida por semana e não comer carnes fritas e em temperaturas muito elevadas, a fim de evitar que os compostos químicos cancerígenos fiquem agarrados na carne.
5- Peixe salgado chinês
Dsde 2012, a OMS considera o alimento como carcinogênico, isto é, um consumo exagerado de peixe salgado chinês também pode levar a uma ingestão alta de mercúrio, sendo bastante prejudicial para a saúde. Ana Clara Ferreira, nutróloga da AmorSaúde, que atende na unidade de Juazeiro (BA).afirma que "as pesquisas ainda não foram concluídas, mas acredita que o consumo excessivo de sal aumenta os riscos de câncer de nasofaringe. A recomendação é evitar ingerir o alimento regularmente e investir em uma dieta equilibrada".
6- Noz de areca
Noz de areca é um alimento bastante desconhecido pela população brasileira. É uma semente com sabor apimentado que costuma ser mascada com outras especiarias, principalmente na Índia. Ele também entrou na lista da OMS como possível cancerígeno pelo fato de oferecer risco de câncer no fígado, esôfago e boca.
7- Frituras
Vale ressaltar que consumir frituras em excesso aumenta o risco de câncer, principalmente oral. A OMS classifica as frituras como alimentos que "provavelmente causam câncer". Apesar de saborosas, elas passam por altas temperaturas e formam um composto conhecido como acrilamida, que é considerada cancerígena pela Iarc, pois danifica o DNA e provoca a morte celular.
8- Extrato de Aloe Vera
Também chamada de babosa, é considerado um item que "possivelmente cause câncer", pela agência. Até o momento, os estudos foram feitos apenas em animais e constou o risco. A Anvisa proíbe bebidas e alimentos à base de aloe vera por ausência de estudos científicos que confirmem a sua segurança, desde 2011. Estão liberados para uso somente os produtos de limpeza, aromatizantes e cosméticos.
*Com informações de Viva Bem, da UOL