13 de julho é o Dia Internacional do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), uma data destinada a informar e conscientizar a sociedade sobre essa condição que afeta crianças e adultos em todo o mundo. O TDAH é um dos distúrbios do neurodesenvolvimento mais comuns na infância, com uma prevalência estimada entre 4% e 5%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e estudos epidemiológicos realizados em diversos países.
Ao contrário do que se pensava anteriormente, o TDAH não é apenas uma condição encontrada na infância. Mais de 60% das crianças diagnosticadas com o transtorno continuam a apresentar sintomas evidentes na idade adulta. Portanto, é crucial aumentar a conscientização sobre o transtorno em todas as faixas etárias.
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O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é uma condição crônica que faz parte da neurodiversidade, caracterizada principalmente por um distúrbio comportamental. Embora sua origem seja neurobiológica, existem fatores genéticos e ambientais que podem contribuir para a expressão dos sintomas. Exposição ao chumbo, uso de álcool ou drogas durante a gravidez, baixo peso ao nascer e fatores emocionais do ambiente são algumas das possíveis causas associadas ao distúrbio da atenção e hiperatividade.
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Reconhecer o TDAH em crianças e adultos pode ser desafiador, mas existem sinais de alerta que os familiares e pessoas próximas devem levar em consideração. Em crianças, os sintomas incluem hiperatividade, impulsividade, comportamento de oposição, baixa autoestima e mau desempenho escolar. Na adolescência e na vida adulta, podem ocorrer problemas de relacionamento, dificuldades de socialização, consumo problemático e dificuldade em controlar as emoções.
O impacto do transtorno na vida diária das pessoas afetadas é significativo. Crianças e adolescentes podem enfrentar dificuldades acadêmicas, sociais e comportamentais, cometendo erros nas tarefas, tendo dificuldade de concentração e lidando com frustrações emocionais. No caso de adultos, o TDAH afeta as relações interpessoais, o desempenho acadêmico e profissional, e está frequentemente associado a sintomas de ansiedade, depressão e abuso de substâncias.
O diagnóstico do TDAH é feito por meio de testes comportamentais, que envolvem a participação da escola e dos pais. O encaminhamento para especialistas em neurodesenvolvimento, psicólogos e profissionais de saúde é essencial para uma avaliação completa, incluindo estudos neurológicos e de imagem, se necessário.
Após o diagnóstico, o tratamento do transtorno do déficit de atenção é personalizado com base nas necessidades individuais do paciente. A terapia de apoio, que envolve uma abordagem interdisciplinar com a participação da escola, família e profissionais especializados, é fundamental. O tratamento é predominantemente comportamental, mas em casos mais complexos podem ser utilizados medicamentos para melhorar a atenção e facilitar o aprendizado.
Medicamentos não devem ser usados indiscriminadamente
É importante destacar que nem todas as crianças com TDAH precisam ser medicadas. Existem abordagens terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, que auxiliam no desenvolvimento de habilidades específicas e no gerenciamento dos sintomas. O uso de medicamentos depende do caso individual de cada paciente.
O Dia Internacional do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade busca promover o entendimento e a aceitação das pessoas com TDAH, além de incentivar o acesso ao diagnóstico e tratamento adequados. A conscientização sobre essa condição é essencial para criar uma sociedade mais inclusiva e oferecer suporte às pessoas afetadas pelo TDAH em todas as fases da vida.