ANABOLIZANTES

Anabolizantes proibidos pelo CFM são vendidos ilegalmente e chegam às academias

Usar os produtos para fins estéticos é proibido pelo Conselho Federal de Medicina; entenda

Uso estético dos produtos não tem comprovação científica.Créditos: Reprodução
Escrito en SAÚDE el

A busca pelo "corpo perfeito" leva as pessoas a tomarem decisões nem sempre muito saudáveis. Além da musculação e exercícios físicos, que são benéficos ao corpo, algumas pessoas recorrem ao uso de anabolizantes e esteróides, que podem fazer mal ao organismo. 

O Conselho Federal de Medicina proibiu médicos de receitarem esses produtos para fins estéticos. Em abril, o CFM editou uma resolução que tenta coibir o uso para ganho de massa muscular e melhora de desempenho esportivo. A diretriz foi discutida por oito meses e contou com a aprovação de diversas sociedades médicas brasileiras.

A facilidade para comprar no mercado paralelo, porém, continua a mesma. Pedidos podem ser feitos via WhatsApp. Como a chance de consumir algo falsificado também existe, há também quem busque os originais, criando problemas para quem realmente precisa da medicação.

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Aqueles que realmente precisam da medicação acabam muitas vezes ficando sem acesso a ela. O cabeleireiro e atleta Gabriel Tavares, 39, tem prescrição médica para repor testosterona desde 2021 por conta de um quadro de hipogonadismo e reclama das vendas ilegais dos produtos.

"A maioria toma por conta própria, sem orientação médica, comprando no mercado clandestino ou causando falta em farmácias, pagando inclusive a mais por estarem sem receita", afirma.

Em nota, o CFM pontua que as resoluções são válidas para todos os médicos que atuam em território nacional e que o não cumprimento pode gerar advertência e até cassação do exercício da medicina. 

Annelise Meneguesso, conselheira do CFM, afirma que "o uso de esteroides androgênicos anabolizantes para as finalidades estética, melhora de performance e ganho de massa muscular não é amparado pelas evidências científicas vigentes, não sendo recomendado em nenhum lugar do mundo"

A fiscalização ocorre por meio de denúncias encaminhadas aos conselhos regionais, que podem conduzir por conta própria as investigações. Também pode ser feita por abertura de sindicância na Codame (Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos).

Com informações da Folha de São Paulo