Em São Paulo, a 17ª cidade mais rica do mundo e a que é dotada de maiores recursos no país e na América do Sul, a gestão de Ricardo de Nunes não tem conseguido fornecer feijão para as escolas. Os alunos estão recebendo ervilha, lentilha e grão-de-bico no lugar do alimento mais comum da refeição dos brasileiros, sendo que o próprio Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) prevê que o cardápio da merenda deve respeitar os hábitos e cultura alimentar dos estudantes. Essa falta levou professores até mesmo a pedirem contribuições aos pais dos alunos para comprar o alimento.
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O problema nutricional já acontece há, pelo menos, dois meses na maior metrópole da América Latina. Com o fim dos estoques, a questão está se agravando e essa substituição está acontecendo por falha no fornecimento de um item básico da alimentação do brasileiro.
A Secretaria Municipal da Educação (SME) é responsável, de acordo com a lei, por garantir a oferta diária a todos os estudantes da rede municipal ao menos uma refeição completa, que deve ser composta de "arroz e feijão ou outra leguminosa (4 vezes na semana) e macarrão (1 vez na semana), legumes ou verduras (5 vezes na semana), carne bovina, de aves, peixe ou ovo (como fonte proteica) e sobremesa, predominantemente fruta.
Em nota, a SME disse que “não houve prejuízo aos alunos, pois o produto foi substituído por alternativas de mesmo valor nutricional”, porém esses outros alimentos exigem preparo específico e afetam o paladar dos alunos. Alguns deles estão, inclusive, deixando de se alimentar na escola em razão disso.
Na mesma nota, a SME diz que a empresa responsável já foi descredenciada, e está em processo de transição para a nova contratação. Mesmo assim, não apresenta a data em que esse problema será solucionado.