CIÊNCIA

Estudo assustador mostra correlação entre TDAH e fator bizarro

Pesquisadores chegaram em dados impressionantes após observarem incidência de doença e fatores externos

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Uma pesquisa publicada recentemente na revista Nature Mental Health mostrou que a exposição a partículas de poluição atmosférica e o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em crianças está associada.

O estudo "Diferentes padrões de associação entre partículas com sintomas de TDAH" analisou os dados de milhares de crianças chinesas e concluiu que existe uma correlação entre a poluição do ar e a prevalência da doença.

Dados de mais de 164 mil crianças foram  observadores. Segundo a pesquisa, a cada 10 microgramas de partículas de poluição PM 2.5, a chance de diagnóstico positivo para TDAH aumenta em 65%. E no caso das partículas PM1 (ainda menores) por metro cúbico, as crianças tiveram um aumento de 74%.

“A partir deste estudo podemos fornecer evidências para que os países possam desenvolver um critério no futuro. Qualquer nível de poluição do ar pode aumentar os riscos para a saúde humana”, afirmam os pesquisadores.

Poluição das queimadas e saúde neurológica

Além disso, os cientistas estimam que há uma relação entre incêndios causados pelas partículas PM 2.5 de queimadas e uma piora ainda maior da saúde humana.

“A fumaça dos incêndios florestais é um problema sério em todo o mundo agora, especialmente na Austrália, EUA, Canadá, Brasil e Sul da Ásia”, disse o professor Yuoming Guo, da Universidade de Monash, na Austrália, um dos autores do estudo.

“Descobrimos que o PM2,5 relacionado à fumaça de incêndios florestais apresentava maiores riscos à saúde do que o PM2,5 não relacionado a incêndios. Isso significa que também precisamos prestar atenção para reduzir os impactos da fumaça dos incêndios florestais na saúde", explica.

A pesquisa pede para que mais medições de partículas de poluição atmosférica sejam apoiadas pelos governos. "Nossas descobertas destacam a importância potencial das concentrações, tamanhos, componentes e fontes de partículas atmosféricas para proteger a saúde neurológica das crianças", completam os pesquisadores.