SIONISMO E NEOFASCISMO

Presidenciável? Eduardo Bolsonaro mente sobre Faixa de Gaza para polarizar com Lula

Lula condenou a matança de "mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza". Bajulador de Trump, que quer transformar Gaza em "resort de luxo", Eduardo mentiu sobre a região para agradar os sionistas.

Eduardo Bolsonaro com om a deputada Beatrix von Storch, neta do ministro de Finanças de Adolf Hitler, e Lula.Créditos: Rede X Eduardo Bolsonaro / Ricardo Stuckert
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Decidido a levar a confrontar a madrasta Michelle Bolsonaro (PL) como candidato do clã após traição do governador paulista Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenta se colocar como sucessor do pai, Jair Bolsonaro (PL), em 2026 e mente sobre a Faixa de Gaza para polarizar com Lula nas redes.

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Neste domingo (1°), durante evento realizado em Brasília, o presidente Lula voltou a classificar os ataques de Israel à Faixa de Gaza como genocídio, destacando que o exército israelense mata mulheres e crianças indefesas. 

“O que nós estamos vendo não é uma guerra entre dois exércitos preparados, em campo de batalha com as mesmas armas. É um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Isso não é uma guerra. É um genocídio contra e em desrespeito a todas as decisões da ONU, que já pediu o fim essa guerra”, afirmou o presidente. 

Nas redes, Lula ainda compartilhou nota do Itamaraty condenando, "mais fortes termos, o anúncio pelo governo israelense, realizado no dia 29 de maio, da aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território que é parte integrante do Estado da Palestina".

"Essa decisão constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional e contraria frontalmente o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e concluiu ter esse país a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território".

Presidenciável?

Lançado candidato pelas páginas da Veja, em uma reedição do "Caçador de Marajás", Eduardo Bolsonaro foi às redes polarizar com Lula e mentiu sobre a Faixa de Gaza, território palestino que é alvo do levante genocida do Estado Sionista de Israel e da cobiça do presidente dos EUA, Donald Trump, que quer transformar a área em um "resorte de luxo".

"Em 2005 Israel deu unilateralmente o território da Faixa de Gaza à Autoridade Palestina. Ao invés de construir um país fizeram de escolas e hospitais locais base de lançamento de mísseis contra. Se quisermos sonhar com paz lá é preciso neutralizar hamas, hezbollah e terroristas", papagueou Eduardo Bolsonaro, confundindo o grupo político palestino com o movimento libanês.

A publicação do filho "03" mente descaradamente sobre a Faixa de Gaza, como se a questão sobre o território palestino remontasse a apenas duas décadas, quando na verdade o conflito foi instalado com a invasão sionista das terras historicamente ligadas ao povo da Palestina, que resultou na criação do Estado de Israel, que promove, desde então, uma série de atos terroristas na região - inclusive na região sul do Líbano.

A Faixa de Gaza foi delimitada pelas fronteiras atuais no acordo de 1948, no surgimento do Estado de Israel, como território palestino. Após uma disputa entre Israel e Egito pela região, em 1993 a Autoridade Palestina passou a administrar a região, de acordo com o Acordo de Oslo, mas Israel manteve a ocupação até 2005, quando retirou suas tropas, mas seguiu com ataques à região.

O Hamas, que é um movimento político da Palestina e não é considerado "terrorista" pela ONU, assumiu a administração da região em julho de 2007, depois das eleições parlamentares palestinas de 2006.

Após a desocupação militar e a retirada dos assentamentos de colonos judeus do território palestino, Israel bombardeou a Faixa de Gaza em 2008, 2012, 2014, 2021 e 2023. 

Em 2023, as Brigadas Al-Qassam retaliaram os ataques sionistas com a ação na área ocupada por Israel. Como tréplica, Israel desencadeou a atual ação militar para provocar o genocídio palestino na região.
 

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