O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) é o pupilo promissor do bolsonarismo e isso ninguém pode negar. Ás das fake news da extrema direita e o mais habilidoso no campo ultrarreacionário na tarefa de engajar a bolha de seguidores radicalizados, o tempo todo ele é sondado sobre seu futuro político, afinal, seus entusiastas querem vê-lo governando alguma coisa, seja Minas Gerais ou a capital Belo Horizonte, enquanto não atinge os 36 anos, que é a idade mínima para ser candidato à Presidência da República.
Mas o rapazote bolsonarista, ao que parece, está frustrando as expectativas de seus eleitores extremistas. O portal Metrópoles, por meio da coluna de Igor Gadelha, adianta que Nikolas não deve ser candidato a governador no ano que vem, embora tudo o empurre para isso, já que o extremista Romeu Zema (Novo) estará encerrando seu segundo mandato e não há herdeiro político de imediato para a função na extrema direita.
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Nikolas teria dito que não sairá candidato a governador no próximo ano “porque ficaria sem tempo para estar com os filhos pequenos” e também já refugou sobre a hipótese de ser o postulante à prefeitura de Belo Horizonte em 2028. A bem da verdade, os motivos de Nikolas são outros.
Com deputado, ele não apresenta proposta de coisa alguma, não debate nada de importância nacional e passa os dias no “horário de trabalho” gravando “lacradas” e outras bobagens para postar nas redes e inflamar a militância radical. Na prática, um youtuber pago com dinheiro público e com prerrogativa de foro, o que impede a ação mais rápida e direta da Justiça contra os absurdos mentirosos que espalha na internet. Já quem assume algum governo, tem que trabalhar de verdade.
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Um caso clássico de que um bolsonarista agitador do Congresso que se lascou ao assumir um cargo no Executivo é o do ex-deputado Abilio Brunini (PL), que chegou à prefeitura de Cuiabá (MT) e descobriu que precisa fazer alguma coisa da vida, embora esteja mesmo é batendo cabeça com seus eleitores. Nikolas, naturalmente, quer evitar o mesmo destino.
À frente do governo estadual ou da prefeitura de uma das mais importantes capitais brasileiras, o “político” teria que fazer política de verdade e não ficar postando absurdos provocativos 24 horas por dia para alimentar a sanha dos descompensados seguidores, sem contar que, ao ir para um desses cargos, o sujeito naturalmente some do noticiário nacional, assim como ocorreu com Brunini. Nesses postos acontece de tudo, diariamente. É chuva e enchente, é criminalidade a ser combatida, é manifestação contra desapropriação, é greve de professores, é protesto pela educação, é orçamento que precisa ser calculado antes de ser usado, enfim. Lá, bolsonarista ou não, o “homem público” precisa trabalhar, diferentemente do vidão que parlamentares videomaker levam.