É difícil saber o que o ex-ministro do Turismo de Bolsonaro e sanfoneiro Gilson Machado, que foi preso nesta sexta-feira (13), por tentar tirar um passaporte para o ex-ajudante de ordens, faz pior.
Ele foi um zero à esquerda como presidente da Embratur; teve uma atuação desprezível como secretário de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente e um absoluto nada como Ministro do Turismo, entre os fatídicos anos de 2020 e 2022.
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O período em que ele esteve à frente do MTur foi justamente o da pandemia da Covid-19. Na época, as companhias aéreas pediram insistentemente apoio ao governo e não conseguiram. O resultado foi desastroso. A Latam entrou e saiu de um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11. Trata-se de um capítulo da Lei de Falências que permite que empresas em dificuldades financeiras reorganizem suas operações para pagar seus credores e evitar a liquidação de ativos.
Depois disso, foi a Gol e agora, mais recentemente, a Azul. O Brasil depende atualmente destas três empresas para manter conectividade aérea. Segundo especialistas no setor, se o governo tivesse cuidado do problema na época, hoje viveríamos um momento menos delicado, do risco de uma destas empresas quebrar e o país perder 30% do mercado. O saldo para o consumidor final é menos oferta de voo e preços mais altos.
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Além disso, e como se não bastasse, como porta-voz de turismo, apesar de não ser responsável sozinho, nunca teve nenhum empenho em ajudar ou tentar fazer diferença para que outras áreas, como Portos e Aeroportos e Casa-Civil, se sensibilizassem.
8 de Janeiro
Quer mais? No fatídico 8 de Janeiro, enquanto ainda era presidente da Embratur (sua exoneração e a nomeação de Marcelo Freixo só aconteceram no dia 12), ele fez postagem em apoio aos dist[urbios. Veja abaixo:
Desafinado
Como sanfoneiro da banda de forró Brucelose, Gilson Machado consegue ser ainda pior. Toca muito mal, atravessa o ritmo, erra harmonias, não sabe se colocar com delicadeza na música e, ainda por cima, canta terrivelmente desafinado. Enfim, é um horror.
Isto tudo ressaltando que ele tentou se candidatar ao Senado em 2018 com o nome “Gilson Sanfoneiro”, mas teve a candidatura vetada por seu então partido, o Patriota.
No final das contas, o ex-ministro e agora presidiário, Gilson Machado, é também veterinário. A pergunta que fica é: você, caro leitor, levaria seu pet para se tratar com ele?