Durante evento de entrega de máquinas agrícolas em Contagem (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas a Jair Bolsonaro e a outros políticos aliados do ex-presidente.
"O celular, do jeito que é utilizado, é banalizar a atividade política. É o cara que não acredita em universidade, não acredita em sindicato, não acredita nas mulheres, não acredita no negro, não acredita na cultura, não acredita na educação, não acredita em nada. Enquanto ele rouba, chama todo mundo de ladrão, porque toda vez que você entrar num restaurante e alguém te xingar, pode ver que o cara que te xingou é um 171", disse Lula, sem nominar ninguém.
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Em seguida, o presidente fez alusão ao interrogatório de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da ação penal da trama golpista. "Você viu que ele é um covardão? Você viu o depoimento dele, né?", questionou, se dirigindo à plateia. "Ele estava com os lábios secos, estava quase se borrando. É muito fácil ser corajoso dentro de casa, no celular, falando mal dos outros."
A solenidade marcou a entrega de mais de 300 equipamentos agrícolas a 301 municípios mineiros, por meio do Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq)
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Elogios a Pacheco
O senador mineiro Rodrigo Pacheco (PSD) enfatizou o que ele entende ser uma boa relação do governo federal com o estado. “Temos aqui a presença dos prefeitos para que possam ser contemplados com aquilo que é absolutamente essencial na política: a efetividade, o resultado prático na vida das pessoas”, registrou.
“Minas é o estado que tem o maior número de municípios no Brasil: 853. Quiçá o estado com maior número de municípios do mundo, portanto, Minas é um país, é um estado de grande complexidade. Constitui, inclusive, uma síntese do que é o Brasil. Para se entender o que o povo brasileiro quer, basta uma pesquisa bem feita em Minas Gerais”, pontuou Pacheco.
Lula também elogiou o ex-presidente do Senado. Mais cedo, em evento realizado em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, ele havia dito que desejava ver o parlamentar como governador do estado.
"Eu vou contar uma coisa para vocês, nenhum destes picaretas, que acham que são bons porque vivem na frente do celular falando mal dos outros, tem a menor chance de competir com o Pacheco", ironizou.
Críticas a Nikolas Ferreira
Em Contagem, o presidente criticou o atual governador Romeu Zema (Novo), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o senador Cleitinho (Republicanos).
"Gente, depois desse governador, que eu não vou falar o nome, esse estado não merece um Nikolas, um Cleitinho. Não merece, não é possível."
As críticas foram feitas um dia após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter sido atacado em uma audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados por bolsonaristas como Nikolas, Carlos Jordy (PL-RJ), Marco Feliciano (PL-SP) e José Medeiros (PL-MT).
Nesta quarta-feira (11), o governador mineiro afirmou que, no STF, existe “perseguição a adversários políticos”. E mencionou o caso de Bolsonaro.
“Nós estamos usando um recurso escasso, que é a Justiça, para julgar um caso que, na minha opinião, parece que acaba sendo perseguição a adversário político. E nós temos tanta coisa importante para ser julgada, que deveríamos estar priorizando isso”, declarou.