Lambe-botas de Donald Trump, como definiu o presidente Lula, Eduardo Bolsonaro (PL) usou uma fala do ministro Gilmar Mendes com elogios à China no julgamento da responsabilização das big techs pela propagação da narrativa neofascista de ódio para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação na rede X na noite desta quarta-feira (11), o filho "03" de Bolsonaro divulgou vídeo da declaração e escreveu em inglês: "se os EUA não estão olhando, a China está".
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Na ocasião, Mendes defendia a criação no Brasil de um órgão de regulação das redes e fez uma citação ao governo chinês.
"Eu provoquei um pouco esse tema, e eu não me animo muito a tentar definir a natureza desta entidade, eu acho que há um consenso entre nós de que é preciso uma entidade", afirmou Mendes aos colegas.
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"Isso é fundamental, um pouco na linha, nós todos hoje somos admiradores do regime chinês, do Xi Jinping, que diz assim, o importante é que a cor do gato não importa, o importante é que ele casse o rato", disse Mendes, ilustrando a proposta, com uma frase que é de Deng Xiaoping, líder da revolução chinesa.
A declaração foi a deixa para Eduardo Bolsonaro puxar a nova narrativa bolsonarista nas redes sobre a "censura" para tentar impedir uma responsabilização do conluio entre as big techs e a ultradireita neofascista.
Em texto confuso - como é praxe -, o irmão "02", Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi às redes fazer coro.
"'Isentão' você também está incluído na mais nova realidade chinesa, aliás, brasileira", escreveu, tentando concluir um texto em que diz que "tudo é orquestrado para justificar o feito no passado e impedir o mínimo questionamento em 2026".
Bajulador contumaz do clã, que pegou carona na onda bolsonarista para chegar à Câmara, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) obedeceu as ordens e propagou a narrativa em vídeo.
"Nós já ouvimos muita coisa absurda ali, mas é a primeira vez que o ministro do STF admite publicamente, e não só dizendo a opinião dele, mas da maioria dos seus colegas ali, de que eles admiram um regime totalitário comunista chinês", diz o outro lambe-botas de Trump.