Nesta quinta-feira (12), o governo Lula autorizou e formalizou o pedido de extradição de Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal licenciada atualmente na foragida na Itália.
A solicitação, feita pelo Ministério da Justiça ao Ministério de Relações Exteriores, segue decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a parlamentar ser condenada a dez anos de prisão por crimes contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Segundo nota da pasta comandada por Ricardo Lewandowski, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) validou a legalidade do pedido com base no tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu do Supremo Tribunal Federal a documentação com o pedido de extradição de Carla Zambelli Salgado de Oliveira”, informou o comunicado.
A condenação de Zambelli foi unânime na Primeira Turma do STF. A deputada contratou o hacker Walter Delgatti Neto para forjar um mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes dentro do sistema do CNJ. A corte considerou o episódio um ataque direto às instituições democráticas e determinou também a perda do mandato parlamentar.
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Zambelli fugiu antes da prisão ser decretada pelo Supremo Tribunal Federal. Dias depois, pediu licença de 127 dias, sendo sete por razões médicas e 120 para assuntos particulares. Sua assessoria confirmou que a deputada está na Itália.
Com a fuga, Moraes acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a prisão preventiva da deputada. O pedido de extradição agora será submetido ao governo italiano, que já extraditou diferentes brasileiros, inclusive com cidadania italiana — foi o caso de Henrique Pizzolato, condenado no Mensalão, extraditado em 2015 para o Brasil.
