Em depoimento nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente e réu por tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL), confirmou que se reuniu com a deputada foragida Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti, ambos condenados por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Questionado pelo ministro Alexandre de Moraes se recebeu Zambelli e Delgatti, Bolsonaro confessou que se reuniu com os dois, mas que "não sentiu confiança" no hacker.
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"A Carla Zambelli levou o hacker. Eu recebi", disse Bolsonaro, que acrescentou que não "entende nada de informática". "Eu não confiei nele", acrescentou o ex-presidente.
A declaração de Bolsonaro corrobora o depoimento prestado na segunda (9) pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, também réu no processo, que afirmou que o ex-presidente havia solicitado que o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, recebesse Zambelli e Delgatti para uma conversa sobre fraudes nas urnas eletrônicas.
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Bolsonaro faz palanque no STF
Jair Bolsonaro (PL), irritado com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de não permitir que ele utilizasse uma série de vídeos durante sua oitiva na Primeira Turma do STF, abriu seu interrogatório na tarde desta terça (10) com um discurso confuso e desconexo.
Já nas perguntas sobre sua identificação, o ex-presidente se negou a dizer onde mora “por ser pessoa pública e por razões de segurança”. No primeiro questionamento em relação ao processo, aproveitou seu direito de falar para elencar uma fantasiosa sequência de benfeitorias de seu mandato, citando “água para o Nordeste”, “fim da corrupção”, “montagem de um ministério técnico”, entre outros “exemplos”, embora seu governo tenha ficado conhecido pela inação administrativa, ações extremistas e negacionistas, integrantes completamente inaptos para os cargos ocupados e inúmeros escândalos de ilegalidade.
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