A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desistiu de ouvir quatro pessoas indicadas como testemunhas na ação penal sobre a trama golpista.
Os advogados comunicaram a desistência ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (29). Assim, não serão mais testemunhas dois ex-integrantes do governo Bolsonaro: Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado e ex-ministro da Saúde, e Gilson Machado, ex-ministro do Turismo.
Te podría interesar
Não serão ouvidos também Amauri Feres Saad, advogado que teria ajudado na elaboração da minuta golpista, e Ricardo Peixoto Camarinha, médico que acompanhou o ex-presidente.
Tarcísio segue como testemunha
A Primeira Turma do Supremo já ouviu mais de 30 testemunhas indicadas pelas defesas dos réus até o momento.
Te podría interesar
Nesta sexta-feira, a partir das 8h, serão realizadas as oitivas de pessoas indicadas por Anderson Torres e de Jair Bolsonaro e os depoimentos podem se estender até segunda-feira (2).
Entre as testemunhas estão o senador e ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado distrital João Hermeto (MDB-DF), o presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto, o senador Espiridião Amin (PP-SC), o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Núcleo crucial do golpe
Bolsonaro e mais sete pessoas foram denunciadas pela trama golpista e passaram a responder a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
São eles:
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Com informações da Agência Brasil
