Atuando em conluio junto a membros da ultradireita neofascista no Capitólio e no governo Donald Trump, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo, neto do ditador João Baptista Figueiredo, fizeram chacota com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) usando o lubrificante íntimo KY na noite desta terça-feira (27).
Em live no Youtube, Figueiredo colocou o gel em destaque até chamar Eduardo Bolsonaro, que é chamado para comentar sobre a investigação aberta a pedido do Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, para apurar a investida da dupla contra os ministros do Supremo e outras autoridades brasileiras, incluindo o próprio chefe do Ministério Público Federal (MPF).
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"Quer dizer, deputado Eduardo Bolsonaro, que agora há argumentos para você dizer que é perseguido", iniciou Figueiredo em tom de deboche, já sinalizando a dobradinha.
"As coisas estão mudando rápido", emendou Eduardo, fazendo piadinha sexista com o KY em seguida. "Parece que agora a bananinha está entrando de um jeito que eles não gostam".
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Enquanto Eduardo gargalha, Figueiredo mostra a embalagem do KY. "Eu acho tão engraçado esse pessoal. E eu dou graças a Deus que muita gente em Brasília é arrogante. A arrogância é uma benção de Deus quando ela recai sobre seus inimigos", disse o deputado licenciado, que se mudou para os EUA para fazer ameaças a autoridades no Brasil.
Recuo
Em vídeo divulgado no Instagram, no entanto, Eduardo recuou e disse que não tem como cumprir as próprias ameaças, que prevê uma série de sanções do governo Donald Trump a autoridades brasileiras.
Eduardo compara seu caso ao de "um bandido chega e toca na porta do teu carro e fala, ó, passa o carro senão eu vou dar um tiro e mostra uma arma". "Ele tá mostrando que ele pode cumprir aquela ameaça dele".
Em seguida, o deputado licenciado recua sobre as ameaças reiteradas por ele sobre a articulação para sancionar o ministro Alexandre de Moraes, além de outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), familiares, juízes auxiliares e até mesmo o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e o delegado da Polícia Federal, Fábio Shor, responsável pelo inquérito da intentona golpista.
"Como é que eu vou cumprir uma ameaça se eu não sou o dono da caneta? Se não sou eu que sanciono? Eu não tenho instrumento para cumprir ameaça absolutamente nenhuma, até porque eu não estou ameaçando nada", diz, contrariando a série de publicações nas redes, que será anexada à investigação.
O vídeo gerou reação dos seguidores, que questionaram a covardia de Eduardo diante da investigação. "Tá com medo agora? Vc não era o machão? Agora aguenta", comentou um internauta - assista aqui.