O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), anunciou nesta segunda-feira (26) que a legenda vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-RJ).
"É o momento de defender o nosso país de uma agressão e essa agressão está sendo estimulada por um deputado que ainda tem mandato. Espero que isso aqui tenha consequências e acabe punindo", disse o deputado petista, segundo O Globo. "Na minha representação tem um pedido de prisão preventiva para o Eduardo Bolsonaro. É muito grave o que ele está fazendo, está conspirando contra uma instituição nacional. Não é contra o PT, é contra o Supremo Tribunal Federal."
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Segundo Lindbergh, é dever do Conselho de Ética analisar a conduta do parlamentar, mesmo fora do Brasil. “Ele é deputado licenciado, mas ainda assim é deputado”, pontuou.
Inquérito no STF
A iniciativa vem depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aberto um inquérito, também nesta segunda, para investigar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de coação, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Instaurado a pedido do procurador-geral da República Paulo Gonet, o inquérito deve investigar a atuação do parlamentar, hoje nos Estados Unidos, contra autoridades brasileiras.
"As evidências conduzem à ilação de que a busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa a interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal, em curso contra o sr. Jair Bolsonaro e aliados", diz Gonet em seu pedido.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro voltou a atacar a PGR e disse que o Brasil vive um "restado de exceção". "Antes eu era chacota, hoje sou ameaça à democracia. Nos subestimaram e só recentemente acordaram para a gravidade das consequências – por isso estão batendo cabeça", postou.
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