MUDANÇA

O que faltaria para Boulos assumir a Secretaria-Geral da Presidência no governo Lula

Presidente estaria articulando com o PT um novo lugar para o atual titular da pasta; Marcio Macêdo nega que possa ocupar cargo na direção do partido

Créditos: Mário Agra/Câmara dos Deputados
Escrito en POLÍTICA el

A oficialização do nome do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do governo Lula estaria dependendo apenas da nova alocação do atual titular da pasta, Márcio Macêdo.

O presidente estaria articulando com o PT para onde Macêdo poderia ir, o que incluiria um lugar no próprio governo ou mesmo um cargo no partido.

Segundo informações do jornal Valor Econômico, Lula pensou em deslocar o ministro para a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que tem Rodrigo Agostinho à frente. Mas teria enfrentado resistência por parte da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Uma troca também poderia ser problemática ao ser feita a poucos meses da realização da Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).

Neste cenário, uma das alternativas é que Macêdo passe a ocupar uma das cinco vice-presidências nacionais do PT, abrindo espaço para que ele possa assumir a coordenação da campanha de reeleição de Lula no Nordeste.

Negativa de Macêdo

Em nota enviada ao Valor, Macêdo pontuou que não teria interesse em "qualquer cargo na direção do partido".

"Quem fala sobre substituição de cargos do primeiro escalão do governo é apenas o presidente da República. Em nenhum momento, o presidente tratou desse tema com o ministro Márcio Macêdo. Nem para que ele saia da Pasta – que é do presidente – muito menos para que o ministro ocupe qualquer cargo de direção do partido. O ministro afirmou várias vezes, em entrevista, que já cumpriu com muita dedicação todas as missões dentro do PT", aponta a nota.

Se assumir o cargo, Boulos deve abrir mão da sua candidatura à reeleição como deputado federal em 2026. Caso contrário, teria que se desincompatibilizar do cargo até abril do ano que vem, sem completar um ano à frente da pasta. 

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