No ato bolsonarista realizado na Avenida Paulista neste domingo (6), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi criticado e atacado por algumas das figuras políticas que discursaram no ato. Todos cobrando que o PL da Anistia, que pretende anistiar investigados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, seja colocado em tramitação na Casa.
Participando de um evento da Associação Comercial de São Paulo nesta segunda-feira (7), Motta falou sobre o projeto, sem citar diretamente a manifestação. Defendeu a pacificação nacional para enfrentar o que considera ser uma radicalização política no país e disse que a pauta da anistia é uma manifestação válida. Contudo, para ele, não se pode agravar uma crise constitucional entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
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"Não vamos ficar restritos a um só tema, vamos levar essa decisão ao Colégio de Líderes, vamos conversar com o Senado e com os Poderes Judiciário e Executivo, para que uma solução de pacificação possa ser dada. Aumentando uma crise, não vamos resolver esses problemas, não embarcaremos nisso", afirmou, sobre o PL da Anistia.
Sensibilidade
Motta afirmou que é preciso "sensibilidade" para corrigir algum exagero que esteja acontecendo em relação às penas impostas aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.
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"Defendo dois pontos. Primeiro, a sensibilidade para corrigir algum exagero que vem acontecendo com relação a quem não merece receber uma punição. Acho que essa sensibilidade é necessária, toca a todos nós. E a responsabilidade de poder, na solução desse problema, que é sensível e é justo, nós não aumentarmos uma crise institucional que nós estamos vivendo", disse Motta
Segundo o presidente da Câmara, a obstrução regimental realizada pelo PL é legítima, mas há outras pautas que interessam ao Brasil. “Vamos tratar as pautas dos outros partidos, não podemos ficar uma Casa de uma pauta só”, disse.
Fim da escala 6X1
Questionado sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a escala de trabalho semanal de 6 dias, protocolada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
Motta pontuou que o mérito da proposta é válido, mas é preciso avaliar a viabilidade econômica do tema.
“Eu não discuto a justiça da proposta. Eu discuto se a proposta é viável para o país ou não. É claro que todo trabalhador sonha com a redução da jornada de trabalho, ganhando a mesma coisa, e ninguém está aqui para dizer que isso está errado”, disse o presidente da Câmara.
Com informações da Agência Câmara de Notícias