Ex-porta-voz de Fernando Collor de Mello na Presidência, o jornalista Claudio Humberto foi condenado pela 17ª Vara Cível de Brasília a indenizar a deputada federal Erika Kokay (PT/DF) em pouco mais de R$ 17 mil por danos morais. O processo transitou em julgado, portanto, não cabe mais recurso. A parlamentar anunciou que doará o dinheiro para entidades sociais.
No dia 28 de novembro de 2023, Humberto afirmou no programa Gente Brasília, da Rádio Band News, que a parlamentar foi condenada pela prática de peculato, a popular "rachadinha".
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Em nota, a parlamentar lembrou que foi absolvida e o processo encerrado por falta de provas. No dia seguinte, Humberto reiterou a narrativa, tendo atribuído a absolvição à "prescrição", e não à falta de provas.
Segundo a sentença, Claudio Humberto "ignorou os esclarecimentos prestados" tangenciando "o reprovável campo das fake news" e violando a honra da deputada.
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Histórico contra Lula
Claudio Humberto foi o principal assessor de comunicação do então candidato a presidente da República Fernando Collor, em 1989, e tornou-se porta-voz da Presidência em 1990.
Ao documentário "Arquitetos do Poder", Humberto admitiu ter sido dele a decisão de pôr no ar, no programa eleitoral, o depoimento de Miriam Cordeiro, que acusava Lula de não assumir uma filha, mesmo ele constando como declarante na certidão de nascimento de Lurian, então com 15 anos.
A mentira, no embrião da era das fake news, foi um dos episódios mais deploráveis da história política brasileira, e que influenciou na derrota de Lula para Collor, juntamente com a edição parcial e escandalosa do debate pela TV Globo.