Mesmo diante do anúncio dos médicos, por volta das 9h desta segunda-feira (14), de que Jair Bolsonaro (PL) segue na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) sem "expectativa de evolução rápida", o perfil oficial do ex-presidente no Telegram segue sendo usado para incitar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) em torno do PL da Anistia.
Às 7h16 desta segunda-feira (14), o perfil de Bolsonaro publicou um vídeo com uma análise do jurista Ives Gandra sobre a proposta dos bolsonaristas de trocar o Projeto de Lei (PL) por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre a anistia para anular qualquer tipo de ação no Supremo.
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A publicação foi compartilhada em grupos bolsonaristas no Telegram e no WhatsApp para incitar a horda de extremistas em torno do tema, única bandeira do ex-presidente frente à sua bancada no Congresso.
Na avaliação de Gandra, que é alinhado ao bolsonarismo, caso uma PEC seja aprovada, "o Supremo não pode fazer nada"
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"A anistia, se for feita pelo Congresso, preserva essa separação de poderes, porque o Congresso [inaudível] e o Supremo certamente respeitará até porque quem tem poder de legislar não é o Supremo, mas o Congresso Nacional", diz Gandra no vídeo, citando o princípio constitucional que evitaria a derrubada da proposta pela corte.
Dois minutos após a publicação na conta do pai, o vereador Carlos Bolosonaro (PL-RJ) divulgou um vídeo no seu perfil no Telegram fazendo uma esdrúxula comparação dos atos de 8 de Janeiro com a repressão ao histórico movimento indígena pela Polícia do Distrito Federal na semana passada.