O senador bolsonarista Ciro Nogueira (PP-PI) usou as redes sociais nesta quarta-feira (5) para tentar desqualificar o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e sua possível ida ao ministério do presidente Lula (PT). No entanto, Nogueira passou vergonha.
Em uma publicação no X, Ciro Nogueira escreveu o seguinte sobre Boulos: "O líder do movimento invasor dos sem-teto sob o teto do Planalto seria a comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão."
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Boulos, então, respondeu ao senador: "Entendo seu desespero. Seu chefe vai ser preso, e você vai perder a eleição para o Senado no Piauí."
Gustavo Gayer é humilhado por Boulos após tentar lacrar com o líder dos Sem Teto
O deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) tentou fazer graça com o parlamentar Guilherme Boulos (PSOL-SP), mas o tiro saiu pela culatra, e Gayer passou vergonha em praça pública — neste caso, nas redes.
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Gustavo Gayer usou o X para ironizar a suposta ida de Boulos para o ministério do presidente Lula (entenda mais abaixo). "Lula quer Boulos em um ministério. Será que ele finalmente vai criar o Ministério dos Vagabundos Terroristas?", escreveu Gayer. Boulos respondeu: "Não, esse Ministério seria para gente bêbada que mata alguém atropelado como você, deputado!"
Boulos pode ser ministro de Lula
A reforma ministerial que vem sendo feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu espaço para novas articulações e o nome do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) vem ganhando força para integrar o governo.
Com a ida de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde e com a nomeação da deputada Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Boulos passou a ser cotado para a Secretaria-Geral da Presidência, pasta atualmente comandada por Márcio Macêdo, segundo apuração das jornalistas Catia Seabra e Marianna Holanda, da Folha de S. Paulo.
A Secretaria-Geral da Presidência é a pasta responsável pela articulação do governo com os movimentos sociais. Lula vê em Boulos um quadro combativo para assumir a função. Apesar de Márcio Macêdo ser filiado ao PT e ter sido o tesoureiro da campanha de Lula em 2022, o perfil de Boulos, que é líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), poderia trazer mais enfrentamento político ao governo – algo que Lula já deixou claro ser uma prioridade ao nomear Gleisi para a SRI, pasta responsável pela articulação do governo junto ao Congresso Nacional.
Outro nome cotado para a Secretaria-Geral da Presidência, segundo a apuração de Catia Seabra e Marianna Holanda, é o do advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas. Diferente de Boulos, ele não tem pretensões eleitorais para 2026, o que garantiria estabilidade no cargo.
A ida de Boulos para o ministério, entretanto, exigiria um rearranjo político. O PSOL já comanda o Ministério dos Povos Indígenas com Sônia Guajajara, e setores da sigla defendem mais independência do governo. Neste sentido, crescem especulações sobre uma possível filiação de Boulos ao PT.
O nome de Boulos já havia sido cogitado para integrar o governo em 2022, mas sua candidatura à prefeitura de São Paulo impediu a nomeação. Até o momento, o deputado não se pronunciou publicamente sobre as articulações do governo Lula envolvendo seu nome.
