BRASÍLIA

Revoltado com julgamento de Bolsonaro, caminhoneiro invade posto da PRF e atinge viaturas

Veículo perdeu o controle e seguiu avançando em direção aos policiais rodoviários

Contra julgamento de Bolsonaro, caminhoneiro invade posto da PRF e atinge viaturas.Créditos: PRF / Divulgação
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Um caminhoneiro invadiu, na manhã desta quarta-feira (26), um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Recanto das Emas, cidade do Distrito Federal localizada às margens da BR-060. 

Segundo informações do portal Metrópoles, o motorista, que estava alcoolizado, teria cometido o ato como forma de protesto contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), colocando em perigo a vida dos policiais no local.

O caso foi compartilhado nas redes sociais. Ao veículo do DF, a PRF informou que o caminhoneiro admitiu ter avançado contra a estrutura do posto por razões políticas. O teste do etilômetro revelou um índice de 0,95 mg/L de álcool por litro de ar alveolar, quase três vezes acima do limite que caracteriza crime de trânsito.

O motorista do caminhão estava a caminho de São Paulo após concluir uma entrega em Brasília. Conforme relataram agentes que presenciaram a ação, o caminhão trafegava em alta velocidade quando colidiu contra barreiras plásticas de sinalização, atravessou o bloqueio policial e continuou avançando pelo acostamento.

Caminhoneiros e o bolsonarismo

A Revista Fórum tem documentado diversas ações de caminhoneiros alinhados ao bolsonarismo que desafiaram a democracia brasileira. 

Em novembro de 2022, ruralistas de Mato Grosso, incluindo caminhoneiros, prometeram um "grande ataque à democracia", com mobilizações partindo principalmente da cidade de Sorriso.

Na mesma época, o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino, hoje ministro do STF, afirmou que o silêncio de Jair Bolsonaro incentivava desordens promovidas por caminhoneiros.

Entretanto, nem todos os caminhoneiros apoiaram tais movimentos. Em novembro de 2022, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) repudiou bloqueios nas rodovias, destacando que os caminhoneiros eram vítimas de grupos que promoviam violência e autoritarismo.

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