A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta sexta-feira (2) auditorias que identificaram pagamentos irregulares de quase R$ 2 bilhões realizados pelo governo do ex-presidente Bolsonaro (PL) por meio dos auxílios a taxistas e caminhoneiros durante o segundo turno do pleito eleitoral de 2022.
De acordo com a CGU, falhas na operacionalização dos pagamentos dos auxílios fizeram com que 356.773 pessoas recebessem os benefícios sem ter direito legal aos recursos.
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Porém, na hora de realizar o cadastro de beneficiários e efetuar os pagamentos, a gestão de Jair Bolsonaro teria incluído 110.051 pessoas de maneira irregular no Auxílio-Caminhoneiro e outras 314.025 no Auxílio-Taxista, o que corresponde a 27,3% e 78%, respectivamente, de cada programa.
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Além disso, a auditoria da CGU aponta que as pessoas receberam até R$ 7 mil, cada, sem ter direito ao benefício. Tal pagamento irregular aconteceu quando Jair Bolsonaro buscava um novo mandato presidencial.
A partir da auditoria, a CGU recomenda ao governo duas ações:
- Avaliar, junto à Dataprev (responsável pela geração das folhas de pagamento, os pagamentos irregulares realizados a pessoas que não teriam direito ao benefício;
- Adotar "providências necessárias" para que o dinheiro seja devolvido aos cofres públicos por parte das pessoas que receberam, de forma irregular, os benefícios.