O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um sujeito de direita e que vem de um clã político conservador, resolveu acabar com a palhaçada instaurada pelo bolsonarismo de ficar repetindo exaustivamente que o Brasil vive um “ditadura”, e que os adversários do governo Lula (PT) estão indo para o “exílio”, uma papagaiada sem qualquer pé na realidade reforçada esta semana com a confirmação de que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) largou seu mandato de deputado federal para viver nos EUA, de onde apareceu chorando e chamando a democracia brasileira de “regime de exceção”.
“Nos últimos 40 anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático, não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força, não tivemos perseguições políticas, nem presos, nem exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais”, disse Motta. Ele não poderia ter escolhido ocasião melhor para colocar fim ao circo patético da extrema direita: a cerimônia de 40 da redemocratização do país, que no último sábado (15) lembrou as quatro décadas do fim da Ditadura Militar (1964-1985).
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Juntando adeptos radicalizados e espalhando cada vez mais um discurso delirante e desconexo, ganhando espaço inclusive em algumas emissoras de TV que o entrevistam como se sua pauta fosse real, o filho 03 de Jair Bolsonaro (PL) encampou uma bizarra estratégia de mudar-se para os EUA para azucrinar o presidente norte-americano, Donald Trump, para que ele ajude de alguma forma a evitar a prisão do ex-presidente da República, que está a um passo de ser julgado e condenado pela tentativa de golpe de Estado levada a cabo entre o final de 2022 e o começo de 2023.