A ida de Mozart Sales para o Ministério da Saúde ao lado do ministro Alexandre Padilha já está confirmada. A única dúvida no momento é qual será sua função dentro da estrutura ministerial, mas sua presença na pasta reforça a estratégia do governo de priorizar políticas de expansão do Sistema Único de Saúde (SUS) e fortalecer programas como o Mais Médicos, do qual foi um dos principais formuladores.
Médico formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), Mozart Sales tem uma carreira consolidada tanto na área da saúde quanto na gestão pública. Especialista em Medicina Legal e Clínica Médica, ele também possui mestrado em Perícias Forenses e doutorado em Saúde Integral pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Sua formação acadêmica e sua trajetória profissional sempre estiveram atreladas à implementação de políticas públicas de saúde.
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No início de sua carreira, atuou como médico concursado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (UPE) e médico legista no Instituto de Medicina Legal de Pernambuco (IML). Sua vocação para a gestão da saúde pública se consolidou quando assumiu a gerência do Distrito Sanitário VI da Prefeitura do Recife entre 2001 e 2002. Em seguida, ingressou na política como vereador do Recife (2004-2008), ocupando a presidência da Comissão de Saúde da Câmara Municipal. Durante sua passagem pelo legislativo municipal, atuou ativamente na formulação de leis que fortaleceram a rede pública de saúde na capital pernambucana, ajudando a estruturar programas de assistência primária e emergencial.
Sua ascensão ao governo federal ocorreu em 2009, quando se tornou chefe de gabinete na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, onde teve um papel fundamental na intermediação entre estados, municípios e o governo central. No Ministério da Saúde, acumulou funções estratégicas: entre 2011 e 2012, foi chefe de gabinete do ministro da Saúde, e, entre 2012 e 2014, exerceu o cargo de secretário nacional da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, posição na qual desempenhou um papel fundamental na criação do Mais Médicos. O programa, lançado durante o governo Dilma Rousseff, visava ampliar a presença de profissionais de saúde em regiões carentes do Brasil, tornando-se uma das principais marcas da gestão petista no setor.
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Após sua passagem pelo Ministério da Saúde, Mozart Sales continuou sua trajetória na gestão pública, atuando como diretor da Hemobras (2015-2016), onde coordenou políticas de produção e distribuição de hemoderivados essenciais para o atendimento da rede pública. Posteriormente, ingressou no meio acadêmico e na pesquisa, tornando-se pesquisador do IMIP, em um projeto em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), focado na implementação de tecnologias inovadoras para o fortalecimento do SUS.
Em 2023, Mozart Sales retornou ao governo Lula como assessor especial na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, cargo que ocupou até 2024, quando deixou a posição para atuar na campanha de João Campos (PSB) em Recife. Com a definição da chapa sem seu nome, Mozart reassumiu seu posto no Planalto, mas sua proximidade com Alexandre Padilha abriu caminho para seu retorno ao Ministério da Saúde.
A expectativa é que sua experiência e sua relação com Padilha sejam utilizadas em um cargo estratégico dentro da pasta. Sua nomeação deve fortalecer a articulação política do ministério, alavancar programas estruturantes da gestão Lula e reforçar a coordenação entre estados e municípios para a expansão do SUS.
Nos bastidores, sua presença no Ministério da Saúde é vista como uma aposta de confiança de Padilha, garantindo alguém de seu círculo próximo para conduzir projetos prioritários do governo federal na área da saúde, fortalecendo a continuidade das iniciativas do SUS e ampliando o acesso à saúde pública no país.
