ABERTURA

Quaquá diz que PT precisa deixar de preconceito para dialogar com evangélicos

"A igreja evangélica tem seu papel social nas periferias, nas comunidades, nós temos que entender isso, dialogar com ela", defende vice-presidente da legenda

Créditos: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Escrito en POLÍTICA el

Vice-presidente do PT e prefeito da cidade de Maricá (RJ), Washington Quaquá defendeu, em entrevista à revista Veja, que o PT trabalhe uma aproximação com o segmento evangélico.

"É um partido que só fala línguas identitárias, que hoje mobilizam 15, 20% da população. Esquece de dialogar com os evangélicos, cujo evangelho cristão é muito mais próximo do nosso ideário solidário do que do egoísmo liberal, por exemplo, é uma burrice, não é ser de esquerda", disse. 

Segundo Quaquá, "ser de esquerda é, por exemplo, dialogar com a velhinha evangélica e dizer que é importante que a filha dela tenha creche, que é preciso gerar emprego, que é preciso até que os evangélicos tenham dinheiro pra pagar o dízimo da igreja, que é justo pagar, melhor pagar o dízimo de uma igreja evangélica do que gastar 80% do dinheiro numa birosca ou numa boca de fumo".

"Então, a igreja evangélica tem seu papel social nas periferias, nas comunidades, nós temos que entender isso, dialogar com ela, interagir com ela e entender e dizer pros pastores que o nosso universo de solidariedade humana é muito mais próximo do universo da Bíblia e do universo cristão do que o dos liberais de cada um por si e deus por ninguém", apontou o vice-presidente do PT.

Popularidade de Lula em evangélicos

Um estudo da gestora de recursos Mar Asset Management, baseado em dados da Receita Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima que os evangélicos corresponderão a 35,8% do total da população brasileira em outubro de 2026.

Segundo pesquisa da CNT divulgada nesta terça-feira (25), a reprovação do governo entre evangélicos cresceu de 37%, na avaliação de novembro do ano passado, para 54%, com a aprovação caindo de 29% para 21%. Entre os que se declaram católicos, o índice negativo subiu de 28% para 40%, e o positivo foi de 38% para 34%.Segundo o levantamento, apenas 29% dos evangélicos aprovam o desempenho do presidente Lula.

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