FASCISMO BOLSONARISTA

"Moraes na mira para atirar”: agente da PF preso atuou como segurança de Lula

Membro da facção homicida da quadrilha golpista de Bolsonaro, Wladimir Soares diz a colegas, em áudio que se encontra sob sigilo dos investigadores, que “estavam com Moraes na mira para atirar”

Wladimir Matos Soares, agente da PF que foi preso por envolvimento no plano para matar Lula.Créditos: SINPF-SP/Vakinha
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Preso em novembro passado por participação na facção homicida da organização criminosa golpista, o agente da Polícia Federal (PF) Wladimir Matos Soares voltou às manchetes nesta terça-feira (25) por causa de uma mensagem em que ele diz que Alexandre de Moraes estava na mira para ser assassinado.

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Segundo informações da CNN Brasil, Soares diz a colegas, em áudio que se encontra sob sigilo dos investigadores, que “estavam com Moraes na mira para atirar”.

O agente federal também teria revelado nas mensagens qual seria a arma usada para assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Soares foi preso pela Polícia Federal junto a outros quatro militares das Forças Armadas que, segundo investigação, mantinham um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

O policial participou da equipe que fez a segurança de Lula após ele ser eleito e antes da posse de 2022. 

Segundo investigadores, Soares atuava "na parte do planejamento operacional que previa o assassinato do presidente e do vice-presidente Geraldo Alckmin", e passava informações "que pudessem de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas, caso o Decreto de golpe de Estado fosse assinado".

“Com nítido desprendimento das consequências nocivas em torno da conduta, forneceu informações do aparato que, à época, estava mobilizado para assegurar a vida e integridade física do presidente eleito, indicando a extensão e capacidade de segurança”, diz o documento.

"O investigado [Soares], aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas à estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, aderindo de forma direta ao intento golpista", diz outro trecho da decisão.
 

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