O deputado Mário Frias (PL-SP) tem assumido o papel de fiel escudeiro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Por meio do X, o parlamentar tem atuado para defender toda e qualquer crítica ao inelegível, denunciado ao STF por tentativa de golpe de Estado.
Quando Marcos Pontes (PL-SP) anunciou sua candidatura à presidência do Senado Federal — contrariando ordens expressas de Jair —, Frias partiu para atacar o astronauta nas redes.
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Agora, o deputado tem feito uma frente de combate contra qualquer dissonância na extrema direita. Recentemente, Bolsonaro convocou uma manifestação na Praia de Copacabana, marcada para 16 de março, e pediu a seus apoiadores políticos que não levem cartazes. A ideia é impedir os bolsonaristas de defenderem, por meio de mensagens escritas, slogans golpistas como "intervenção militar", lema recorrente nas manifestações da extrema direita.
O pedido do ex-presidente foi criticado pela jornalista Fernanda Salles, ligada ideologicamente ao bolsonarismo, que afirmou: "Manifestação orgânica e popular não precisa de nada além do povo, de seus cartazes, de suas vozes". Mário Frias, então, partiu para o ataque.
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No X, escreveu: "Botem uma coisa na cabeça, essa turma só tem um objetivo, destruir a liderança política do Bolsonaro. Há uma aglutinação de pessoas, inclusive parlamentares do PL, focadas em criar uma nova liderança política na direita. Esse joguinho aqui, de não ter coragem de falar diretamente do Bolsonaro, mas criar a narrativa que entra frontalmente contra a dele, é velho e bastante manjado. Quanto mais rápido vocês entenderem isso, melhor será. Eu não acho ilegítimo alguém ter a pretensão de criar uma nova liderança, o que acho indigno é a falta de coragem de falar abertamente e diretamente isso", citando o tuíte de Salles.
Antes, havia dito: "Que tipo de pessoa acha normal promover desgaste da imagem de alguém que acaba de receber uma denúncia ilegal, que pode levá-lo para cadeia pelo resto da vida? Que tipo de caráter tem alguém que se diz aliado e continua promovendo, sistematicamente e coordenadamente, o desgaste público do seu aliado? Claro, tudo fantasiado e enlatado como crítica pontual, pontualmente recorrente, sempre nos mesmos dias, nos mesmos horários e através das mesmas pessoas", afirmou.
O tom agressivo e persecutório dos tuítes de Frias evidenciou um racha na extrema direita: alas do bloco buscam distanciar-se de Bolsonaro após a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente.