Chris Pavlovski, CEO da Rumble – plataforma de vídeo frequentemente associada à extrema direita –, declarou publicamente que a empresa não acatará ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em um post em português no X (antigo Twitter), o executivo, cuja plataforma tem sido usada por figuras como Glenn Greenwald e Monark para criticar o STF sem moderação, afirmou:
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"Oi @alexandre. A Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal. Atenciosamente, Chris Pavlovski".
O posicionamento ocorre após a Rumble e a Truth Social (rede social do ex-presidente dos EUA Donald Trump) ingressarem com uma ação judicial nos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes. O motivo do litígio é a determinação do ministro para que a plataforma removesse publicações de Allan dos Santos, influenciador investigado por crimes e atualmente foragido da Justiça brasileira. O STF alertou que a recusa em cumprir a ordem poderia resultar no bloqueio da Rumble no Brasil – medida já aplicada em 2023 ao X, de Elon Musk.
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Vale destacar que a Rumble não apenas hospeda conteúdo da Truth Social, mas agora parece adotar estratégia semelhante à de Musk no embate com a Corte brasileira. Em 2023, o magnata do X confrontou publicamente Moraes, mas recuou após ameaças de sanções, o que levou a plataforma a reinstalar perfis suspensos e cumprir decisões judiciais.
Pavlovski, aliado à empresa de Trump, tenta reacender o conflito entre plataformas digitais e o STF, apostando em uma batalha legal internacional. O desfecho, porém, pode seguir o mesmo caminho da derrota de Musk, que acabou cedendo às exigências da Justiça brasileira.