O pastor, teólogo, cientista político e colunista da Fórum, Zé Barbosa Junior, em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta terça-feira (18), revelou que está envolvido em um projeto novo do governo federal.
O tema veio á tona quando se passou a debater o avanço da direita relacionado com o aumento da base evangélica. Para se ter uma ideia, a população evangélica estimada para 2026 é de 78 milhões de pessoas.
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Para responder ao avanço da direita, segundo Barbosa, o executivo está investindo. “O governo está com um projeto muito bom, que é entrar nas periferias e atuar com as igrejas, a partir de abril deste ano”.
O pastor acredita que ainda é possível mudar o quadro pouco favorável ao governo dentro da população das igrejas evangélicas. “Se houver um ajuste na economia, se os alimentos ficarem mais baratos e esses projetos do governo chegarem às periferias, como está sendo planejado, poderemos mudar o cenário”, avaliou.
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Barbosa, que vai atuar no projeto em Salvador, na Bahia, preferiu não detalhar ainda o funcionamento do programa. Porém, adiantou que o objetivo é entrar nas periferias para trabalhar diretamente questões como prosperidade, conceito de empreendedorismo, mas a partir do social, não mais do individual. Então, é uma coisa que pode dar muito certo”, considerou.
Ele explicou, ainda, que se trata de um projeto de economia solidária, que passa pelo Ministério do Trabalho e pela Secretaria Nacional de Economia Solidária.
“Gente que luta por isso há muito tempo. Um projeto muito bonito, muito forte. O que achei genial é que não se trata de uma luta contra o empreendedorismo, mas é trabalhar a partir do empreendedorismo com outra ótica: empreendedorismo social, onde todo mundo ganha. É a ótica da economia solidária”.
Diálogo com as igrejas
Barbosa ressaltou, ainda, que para entra nas periferias, hoje, só é possível dialogando com duas forças. “Ou dialoga com o tráfico ou com as igrejas. A gente prefere dialogar com as igrejas. Aqui eu entro para orientar, tentar fazer chegar nas periferias”.
Na avaliação do pastor, não adianta o governo tentar negociar por cima, com grandes pastores.
“Esses caras são pilantras. O objetivo é ir por baixo, conversando com os pastores que estão na periferia. A maioria esmagadora deles é de trabalhadores, assalariados, gente que trabalha nos mais diversos postos, que são pastores por vocação. É aí que a gente chega para dialogar e é aí que pode acontecer muita coisa nesses próximos dois anos. É uma iniciativa ousada do governo, já tem mais de 500 pessoas que vão trabalhar nesse projeto”, concluiu Barbosa.
Veja entrevista completa com Zé Barbosa Junior no Fórum Onze e Meia
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