Um vídeo que circula nas redes sociais mostra várias moradoras de São Paulo desesperadas com o aumento abusivo de suas contas de água.
Entre elas, está uma eleitora do governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirma:
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“Tarcísio, olha aqui, você só quis voto. Eu me arrependi de votar em você. Olha a minha conta de água. Era R$ 68, olha a conta: R$ 498. É justo, você vai pagar pra mim?”, pergunta indignada.
Outros depoimentos semelhantes aparecem no vídeo, com contas que trazem aumentos exorbitantes.
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Veja abaixo:
Privatização da Sabesp por Tarcísio
Criada em 1973 com a fusão de seis autarquias, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) atua em 375 municípios, fornecendo água para 28,4 milhões de pessoas e fazendo a coleta de esgoto para outras 25,2 milhões. "A Sabesp é responsável por cerca de 30% do investimento em saneamento básico feito no Brasil. Para o período 2023-2027, planeja investir aproximadamente R$ 26,2 bilhões, com foco na ampliação da disponibilidade e segurança hídrica, sem prejuízo dos avanços conquistados nos índices de coleta e tratamento de esgotos", diz a empresa em seu site.
No entanto, por bem menos, a empresa passou às mãos do "mercado" por meio de um processo no mínimo duvidoso que resultou na transferência do controle da Sabesp para o grupo Equatorial Energia.
"Esse processo está repleto de suspeitas que em qualquer outro governo seriam altamente criticadas. Desde o início, Tarcísio se negou a apresentar de forma clara os estudos que justificassem a necessidade de privatização. Contratou uma organização que trabalhou sob claro viés do mercado, sem considerar a vantajosidade para o interesse público. A vitória da Equatorial nessa oferta de ações reforça essas suspeitas. Foi a única concorrente no processo, adquiriu as ações da Sabesp por R$ 67 cada, um valor substancialmente inferior ao valor de mercado, que fechou em R$ 74,97 em 28 de junho. Mais que isso, existe um estudo econômico-financeiro feito pelo Sintaema [Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado de São Paulo], que avaliou as ações da Sabesp em R$ 85,58, ou seja, R$ 18 a mais por ação. Estamos diante de uma possível dilapidação do patrimônio do estado no montante de aproximadamente R$ 1,8 bilhão com essa venda", afirmou à época à Fórum o deputado Paulo Fiorilo, líder da Federação PT/PCdoB/PV na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).