Sinval de Oliveira, de 51 anos, vivia nos Estados Unidos há 35 anos, mas mesmo assim, foi um dos 158 deportados pelo governo do presidente Donald Trump que desembarcaram na última sexta-feira (24), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM).
A aeronave seguia para o aeroporto de Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), mas fez uma parada em Manaus para reabastecimento.
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Ao tomar conhecimento da situação dos passageiros, que estavam algemados e acorrentados, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou soltá-los.
Sinval falou com a imprensa no aeroporto, e revelou um forte sotaque inglês:
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“Morava nos Estados Unidos há 35 anos e chegamos aqui com esse incidente. Rapidamente, recebemos toda a assistência e tenho só a agradecer a todos da equipe do Corpo de Bombeiros e de Direitos Humanos”, afirmou Sinval de Oliveira, ao elogiar o atendimento recebido em Manaus.
Lula impediu tratamento desumano
Oficiais americanos pretendiam manter os brasileiros deportados algemados e acorrentados até a chegada de outro avião vindo dos Estados Unidos, que os transportaria para Confins. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, não autorizou a continuidade do uso das algemas, já que se tratam de cidadãos livres em território brasileiro, sendo uma questão de soberania nacional.
Por esse motivo, o presidente Lula autorizou o envio do avião da FAB para fazer essa viagem.
O governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus ofereceram suporte aos passageiros enquanto eles permaneceram por lá. Entre as medidas adotadas, foram distribuídos colchões, alimentação, água e atendimento médico.