VIDA QUE SEGUE

Nikolas Ferreira esnoba Bluesky e internautas celebram: "Livramento"

O deputado de extrema direita, que continua a acessar de maneira ilegal o "X", negou que tenha aberto conta na plataforma concorrente

Nikolas Ferreira esnoba Bluesky e internautas celebram: "Livramento".Créditos: Reprodução redes sociais
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Desde que o "X/Twitter" foi bloqueado no Brasil por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), por violar regras do país, milhões de usuários brasileiros migraram para a rede social Bluesky.

Uma das coisas mais comentadas pelos novos "moradores" da Bluesky é a ausência de fake news em massa, discurso de ódio e perfis de parlamentares bolsonaristas. Bom, pelo menos por ora, eles ainda não desembarcaram na plataforma, que já avisou que vai combater desinformação e ataques odiosos. Entenda mais abaixo.

Porém, boa parte dos parlamentares bolsonaristas continuam a acessar o "X" de maneira ilegal, pois, em sua determinação, o STF liberou o uso do VPN, mas manteve o veto à rede de Elon Musk. Quem acessar pode ser multado em R$ 50 mil.

Um dos parlamentares que tem desrespeitado a determinação do STF é o deputado mineiro Nikolas Ferreira (PL-MG), que esnobou a Bluesky e afirmou que o "X é o seu país".

"Não fiz conta nenhuma na Bluesky. X é meu país", escreveu Nikolas Ferreira no "X". Os usuários da Bluesky, ao tomarem conhecimento da declaração de Ferreira, celebraram: "livramento".

Confira abaixo algumas reações:

 

 

 

 

Bluesky vai liberar vídeos e trending topics? Plataforma responde
 

Desde que o "X/Twitter" foi bloqueado por desrespeitar determinações do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (30), milhões de usuários brasileiros ficaram órfãos, mas ao mesmo tempo iniciaram uma migração em massa para a rede social Bluesky, fundada em 2019 por Jack Dorsey, um dos criadores do Twitter, que foi comprado por Elon Musk. Dorsey deixou a direção da redes, que hoje é liderada por Paul Frazee

Segundo comunicado divulgado pela Bluesky nesta quarta-feira (4), nos últimos dias a plataforma registrou a chegada de mais de 2,6 milhões de usuários, sendo 85% brasileiros. Os gestores, além de darem as boas-vindas aos novos usuários, também aproveitaram para sanar algumas dúvidas.

Quem está no Bluesky tem notado que os usuários brasileiros que vieram do "X/Twitter" sentem muita falta da possibilidade de enviar vídeos e dos Trending Topics, que indicavam os assuntos em alta na rede.

De acordo com os gestores da plataforma, "Os vídeos estarão disponíveis na nossa próxima grande atualização, e também já estamos trabalhando nos trending topics."

Fake News e discurso de ódio

Outro assunto muito comentado pelos usuários brasileiros é a quase inexistência de discurso de ódio; no entanto, todos sabem que é uma questão de tempo até que tais práticas cheguem à nova rede social.

Sobre a moderação de conteúdo, os gestores da Bluesky afirmam que "a promoção de espaços saudáveis para conversas é uma questão central para o Bluesky. Nosso time de moderação está disponível 24/7 e consegue responder à maioria das denúncias em poucos dias. Para denunciar uma postagem ou uma conta, basta clicar no menu indicado com três pontinhos e em ‘Denunciar Postagem’ ou ‘Denunciar Conta’."

A respeito das fake news eleitorais, a plataforma revelou o seguinte: "Aaron Rodericks, líder do time de segurança e promoção de saúde na plataforma, já teve que lidar com essas questões no Twitter e trouxe sua experiência para cá. Nosso time de moderação revisa o conteúdo ou a conta em busca de desinformação, que os usuários podem denunciar diretamente no aplicativo."

Em seguida, a Bluesky afirma: "Em caso de violações severas, como risco de boicotes à votação ou às eleições oficiais, poderemos remover o conteúdo ou até a conta. Na maioria dos casos, revisamos as alegações de que um conteúdo é falso buscando informações em fontes confiáveis e nos reservamos o direito de classificar postagens como desinformação."

A íntegra do comunicado pode ser lida aqui.