O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) abandonou seu estilo comedido e não mediu palavras para falar sobre o candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTDB). Para ele, a candidatura do ex-coach “é um atraso”.
“Ainda estamos a 30 dias das eleições. O que temos hoje é um retrato momentâneo”, ressaltou. “Entendo a candidatura desse candidato um atraso. É uma candidatura espetáculo e populista. O resultado disso é muito ruim. Geralmente, as campanhas eleitorais antecedem o que vai acontecer no governo. Confio muito na candidatura da Tabata [Amaral, do PSB]. Ela está preparada, é corajosa, destemida, tem propostas”, disse Alckmin em entrevista à Folha publicada nesta segunda-feira (2).
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Dívida de gratidão
Alckmin também fez questão de defender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que foi seu secretário de Justiça no Governo de São Paulo. Ao comentar reportagem publicada na própria Folha, o vice-presidente ressaltou entender que ele não atuou fora do rito em relação ao inquérito das fake news.
“Não sou jurista, mas acho que o ministro Alexandre de Moraes, a sua firmeza, salvou a democracia”, afirmou. “Como ministro da Suprema Corte e presidindo o Tribunal Superior Eleitoral, enfrentou [os ataques às urnas eletrônicas]. É inacreditável questionar a urna eletrônica. Você tem um filho eleito vereador, o outro filho eleito deputado federal, o outro filho eleito senador, o pai eleito presidente da República, e a urna eletrônica não vale mais? É o contrário. Entendo que a democracia brasileira tem uma dívida de gratidão com o Poder Judiciário, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes”, disse.
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A lei é para todos
Já sobre o bloqueio do X, ocorrido neste final de semana, a mando do próprio Moraes, Alckmin afirmou que, sendo bilionário ou não, Elon Musk deve cumprir as leis brasileiras se quiser atuar no país.
Perguntado se, com a atitude, Moraes não teria aberto um precedente contra a liberdade de expressão, o vice-presidente foi bem claro:
“Entendo que não. O 'x' da questão é que o Elon Musk precisa cumprir a lei. Não é porque é bilionário que não precisa cumprir a lei. A lei é civilizatória, estabelece regra para todos, bilionário, não bilionário. O que precisa é cumprir a legislação brasileira”, encerrou.