POLÍTICA INTERNACIONAL

Diplomacia paralela: Opositor de Milei vem ao Brasil e se encontra com Alckmin

O objetivo da viagem, que também prevê encontros com Fernando Haddad e Mauro Vieira, é “avançar em ações de cooperação econômica”

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O governador da Província de Buenos Aires, Axel Kicillof, um dos principais opositores ao governo argentino de extrema direita de Javier Milei, chegará ao Brasil, nesta terça-feira (13), para se reunir com três integrantes do governo Lula. A informação foi divulgada, nesta segunda (12), pelo ministro do Governo de Buenos Aires, Carlos Bianco.

“Amanhã iremos ao Brasil para realizar três reuniões muito importantes”, destacou, em coletiva de imprensa na Casa do Governo da Província de Buenos Aires, na Argentina.

“Kicillof se reunirá com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio. Além disso, será recebido pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, e pelo chanceler Mauro Vieira”, anunciou Bianco.

O objetivo da viagem, conforme o político, é “avançar nas ações de cooperação econômica em termos de investimentos e projetos produtivos” no distrito de Buenos Aires.

O ministro Bianco, porém, foi cauteloso ao ser indagado sobre a possibilidade de Kicillof ser recebido por Lula. “A agenda planejada é a que mencionei”, respondeu.

Caso Alberto Fernández

Outro ponto explorado pela imprensa durante a coletiva de imprensa foi a denúncia contra o ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, por violência doméstica.

A acusação foi feita por Fabíola Yañez, ex-primeira-dama argentina, casada com Fernández desde 2014. Segundo seu relato dado às autoridades, ela sofreu agressões quando o casal vivia na Quinta de Olivos, a casa oficial da presidência do país.

Em relação ao assunto o ministro do Governo de Buenos Aires apenas repetiu o que havia declarado Kicillof: “Estamos chocados”. Ele também insistiu no sentido de que a Justiça aja “com celeridade na apuração e julgamento dos fatos”.

De qualquer forma, Bianco fez um pronunciamento que serviu como mensagem direta e crítica ao governo de Milei: “Que o direito à defesa seja garantido, mas que o caso não seja tomado como desculpa para justificar a eliminação das políticas públicas de gênero”.

O político ainda afirmou: “Que não seja utilizado para encobrir a catastrófica situação econômica, social e produtiva que vive a Argentina. Todos os indicadores estão a descer e estes casos são manipulados para encobrir estas situações”.