Deputado estadual suplente pelo PL de Mato Grosso, que assumiu em julho o mandato de Elizeu Nascimento (PL), o apoiador extremista de Jair Bolsonaro Rafael Rannali (PL) viralizou nas redes sociais ao mostrar uma arma durante a convenção do partido na última segunda-feira (5), que oficializou a candidatura de Abilio Brunini para prefeito de Cuiabá.
Policial federal, nascido no Paraná, Rannali é graduado em Jornalismo e Direito, mas fez fama nas redes ao repetir o mesmo gesto feito durante a convenção: mostrar a arma na cintura. Na última das três eleições que disputou recebeu 11.097 votos.
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Colecionando polêmicas em cima da propagação da violência, inclusive contra adversários, o bolsonarista quer transformar o Mato Grosso no "Texas brasileiro", segundo ele, próprio, e dar mais poder para a polícia matar.
Em um dos seus primeiros atos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Ranalli apresentou uma proposta que ficou conhecida como "Lei do Abate", para premiar agentes de segurança que cometam assassinatos durante o trabalho.
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A exemplo do que Jair e Flávio Bolsoanro (PL) fizeram com milicianos, como Adriano da Nóbrega, Ranalli quer conceder a "medalha Sargento Odenin Chaves" - PM assassinado com um tiro na cabeça no Estado - aos policiais que cometerem assassinatos durante a função.
Com Brunini, Ranalli é um dos propagadores da violência e discurso de ódio em Mato Grosso, incitando extremistas e atacando opositores, especialmente Lula.
O PT de Mato Grosso está movendo uma ação na Justiça contra Ranalli justamente pela exibição nas redes de armas e incitação ao ódio.
Segundo a ação, o PT diz que o deputado expõe ostensivamente na cintura uma arma de fogo que serve para incitar o ódio e fazer propaganda política usando o símbolo da "arminha" de Bolsonaro.
O partido vai entrar com nova ação, desta vez pela exibição da arma durante a convenção por apologia a violência e utilização das redes sociais para disseminação de ódio.
"O jurídico do PTMT está cuidando dessa ação. A nossa determinação é para não poupar esforços para alcançarmos êxito judicial diante de tamanho acinte", afirmou o presidente estadual do PT, deputado Valdir Barranco. "Essa nova cena é inadmissível no âmbito de campanhas de um país democrático", emendou.