O Partido da Mulher Brasileira (PMB) anunciou, após reunião do diretório municipal em São Paulo nesta terça-feira (6), seu apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) na corrida pela prefeitura da capital paulista. Além de oficializar a aliança com o psolista, o partido decidiu pela expulsão do ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, e de seu irmão Arthur Weintraub.
Abraham Weintraub, rompido com Bolsonaro, tinha a intenção de se candidatar à prefeitura de São Paulo pelo PMB. No entanto, não apenas teve sua candidatura vetada, como também será expulso do partido. Isso ocorreu porque o PMB optou por não lançar candidatura própria, dividindo-se entre apoiar a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) ou Boulos. Após votação interna, a sigla decidiu se aliar ao parlamentar do PSOL e, devido às posições extremistas dos Weintraub, expulsar os irmãos da legenda.
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De acordo com Rodrigo Fazito, presidente do diretório paulistano do PMB, a decisão foi tomada após a presidente nacional do partido, Suêd Haidar, sinalizar apoio a Boulos durante um evento no mês passado. Fazito ressaltou que o partido "não compactua com extremismos" e justificou a expulsão dos Weintraub citando o desempenho pífio de ambos nas eleições para deputado federal em 2022, quando obtiveram pouco mais de 3 mil votos cada.
“As candidaturas tiraram vagas de duas pessoas do nosso partido [...] O PMB não compactua com extremismos. Nós não somos extremos. A gente aqui é um partido da composição, da democracia e da paz”, declarou Fazito.
Abraham Weintraub criticou decisão do partido e anunciou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para concorrer nas eleições municipais como candidato independente, ou seja, sem filiação partidária.