ILEGALIDADES

VÍDEO - Marcos do Val afronta STF e ameaça Moraes: "Vai ter fim trágico"

O senador burlou determinação do Supremo Tribunal Federal e usou as redes para fazer ameaças contra a Corte

VÍDEO - Marcos do Val afronta STF e ameaça Moraes: "Vai ter fim trágico".Créditos: Reprodução redes sociais
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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) desrespeitou a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu seus perfis nas redes sociais, e realizou uma live onde fez uma série de ataques contra o ministro Alexandre de Moraes. Entre eles, Do Val afirma que o magistrado "terá um fim trágico".

"Assassino da Constituição brasileira, isso tem fim. Todos os ditadores tiveram um fim trágico, você [Alexandre de Moraes] também terá, seja aqui no Brasil ou lá em Guantánamo. Não pense que você vai sair ileso disso”, afirma Marcos do Val. 

Em seguida, Marcos do Val ameaça o colegiado de ministros do STF: "Fica aqui a minha chamada aos outros ministros, que estão calados, vendo um assassino da Constituição assassinando a Constituição na cara de vocês, que deveriam defender a Constituição. O que cabe a vocês no STF é defender a Constituição. Cadê vocês?", questiona o senador.

Posteriormente, o senador Marcos do Val incita seus seguidores contra Alexandre de Moraes, a quem classifica como "miliciano". "Direita, sangue nos olhos! O cara não para. Miliciano [Alexandre de Moraes], bota uma coisa na sua cabeça: aqui se faz, aqui se paga. Não há ditador que dure, e Deus não é conivente com o que você está fazendo, mas Ele está esperando a hora d'Ele, e aí você está fodid*," dispara Marcos do Val.

Confira nos vídeos abaixo as ameaças do senador Marcos do Val contra o ministro Alexandre de Moraes: 

 

 

 

 

Marcos do Val "comete crime de corrupção de menores", diz PF
 

Em representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou nova prisão dos bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, que estão foragidos no exterior, a Polícia Federal acusou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) de cometer "crime de corrupção de menores”.

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Investigado juntamente com os influenciadores bolsonaristas, Do Val teria exposto um delegado que atua no caso e “promoveu publicações de exposição / intimidação, inclusive envolvendo a gravação de menores de doze anos de idade reproduzindo as afirmações feitas por ambos”. 

Segundo a PF, o senador bolsonarista repostou um vídeo feito pelos filhos de Eustáquio citando o nome de um delegado que participou de busca e apreensão na casa do blogueiro.

Para a PF, ao compartilhar o vídeo, feito por duas crianças menores, o senador fomentou a exposição do agente da PF, que teve seus dados expostos por uma filha de Eustáquio.

Antes da operação desta quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, que deu aval à ação da PF, havia bloqueado R$ 50 milhões das contas do senador.

Eustáquio e Allan dos Santos

Na nova ação da PF, Eustáquio é acusado de ter feito ameaças a policiais federais usando a filha adolescente para fazer publicações criminosas nas redes sociais.

“Há indícios de que OSWALDO EUSTÁQUIO FILHO também utiliza sua filha adolescente e seus dois filhos menores de dois anos para a realização das postagens. Além do próprio dever de cuidado que seria suficiente para caracterizar o crime omissivo, em seu caso, há registros de incentivo às ações da filha, bem como da própria gravação dos filhos menores de doze anos na Espanha, sendo o vídeo em seguida postado pela filha adolescente”, diz o trecho da representação da PF.

Por conta de seus filhos serem menores de idade, o Conselho Tutelar acompanhou as buscas realizadas na casa da família de Eustáquio, em Brasília.

O plano de ataques e ameaças aos policiais, segundo a investigação, teve início por Allan dos Santos. Segundo a PF, o “objetivo de intimidar e sujeitar à execração midiática os policiais que atuam” nos casos sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Foram detalhadas na representação ameaças a delegados por meio de mensagens intimidatórias, exposição de fotos e até a colocação de um objeto no carro de um dos delegados, para mostrar que o grupo criminoso conhece seu endereço. Também foram divulgados dados de familiares dos delegados