Em representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou nova prisão dos bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, que estão foragidos no exterior, a Polícia Federal acusou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) de cometer "crime de corrupção de menores”.
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Investigado juntamente com os influenciadores bolsonaristas, Do Val teria exposto um delegado que atua no caso e “promoveu publicações de exposição / intimidação, inclusive envolvendo a gravação de menores de doze anos de idade reproduzindo as afirmações feitas por ambos”.
Segundo a PF, o senador bolsonarista repostou um vídeo feito pelos filhos de Eustáquio citando o nome de um delegado que participou de busca e apreensão na casa do blogueiro.
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Para a PF, ao compartilhar o vídeo, feito por duas crianças menores, o senador fomentou a exposição do agente da PF, que teve seus dados expostos por uma filha de Eustáquio.
Antes da operação desta quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, que deu aval à ação da PF, havia bloqueado R$ 50 milhões das contas do senador.
Eustáquio e Allan dos Santos
Na nova ação da PF, Eustáquio é acusado de ter feito ameaças a policiais federais usando a filha adolescente para fazer publicações criminosas nas redes sociais.
“Há indícios de que OSWALDO EUSTÁQUIO FILHO também utiliza sua filha adolescente e seus dois filhos menores de dois anos para a realização das postagens. Além do próprio dever de cuidado que seria suficiente para caracterizar o crime omissivo, em seu caso, há registros de incentivo às ações da filha, bem como da própria gravação dos filhos menores de doze anos na Espanha, sendo o vídeo em seguida postado pela filha adolescente”, diz o trecho da representação da PF.
Por conta de seus filhos serem menores de idade, o Conselho Tutelar acompanhou as buscas realizadas na casa da família de Eustáquio, em Brasília.
O plano de ataques e ameaças aos policiais, segundo a investigação, teve início por Allan dos Santos. Segundo a PF, o “objetivo de intimidar e sujeitar à execração midiática os policiais que atuam” nos casos sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Foram detalhadas na representação ameaças a delegados por meio de mensagens intimidatórias, exposição de fotos e até a colocação de um objeto no carro de um dos delegados, para mostrar que o grupo criminoso conhece seu endereço. Também foram divulgados dados de familiares dos delegados