Nesta sexta-feira (16), o presidente Lula (PT) retornou ao Rio Grande do Sul para entregar casas para os beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. Ao todo, 494 famílias gaúchas receberam a chave de suas casas e, dentre elas, 241 são famílias atingidas pelas enchentes que destruíram o estado do RS entre abril e maio deste ano.
No evento, Lula afirmou que todas as pessoas que perderam suas casas terão novas moradias. “Eu, se pudesse, já tinha feito todas as casas, mas não é assim que acontece. A gente não inventa casa, a casa precisa ter terreno, é preciso ter inscrição, é preciso comprovar que as pessoas têm direito à casa. Porque os funcionários da Caixa Econômica, que querem fazer o seu trabalho correto...eles sabem que não podem cometer erro e tomar decisão precipitada [...] Ninguém pode emprestar dinheiro sem saber a situação de quem está pegando dinheiro, então é preciso ter clareza disso”, disse.
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O presidente também reforçou o compromisso do governo federal na atuação de ações preventivas contra desastres ambientais semelhantes ao que atingiu o Rio Grande do Sul. No evento, também estavam presentes o ministro Paulo Pimenta e o governador Eduardo Leite (PSDB).
Além das casas do programa MCMV, o governo federal também entregou 166 Unidades Habitacionais do empreendimento Morada da Fé e outras 80 do Dois Irmãos. Lula e ministros também assinaram dos Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) para agilizar a finalização de outras residências nos dois empreendimentos e nos conjuntos habitacionais Orquídea Libertária e Viver COOHAGIG, num total de 1.290 unidades habitacionais com conclusão prevista até o fim ano.
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Em seu discurso, o presidente Lula também se direcionou a Eduardo Leite e falou sobre as últimas declarações negativas do governador sobre a atuação do governo federal no estado gaúcho. "Quando houve seca no Rio Grande do Sul, o governo federal esteve presente no estado com seis ministros. O governo anterior não teria feito o mesmo. Não há outro governo que tenha cuidado tão bem do Sul como nós, eu e a Dilma. E estamos fazendo o mesmo frente às enchentes que assolaram o estado", declarou.
Lula ainda acrescentou: "Então, Eduardo, eu quero que toda a vez que você olhar para o Governo Federal, você saiba que você tem um amigo. Eu não disputo nada com você. Não disputo popularidade. Eu não sou um gestor, eu sou um político".
Relatos emocionantes
Uma das vítimas que receberam as chaves das novas casas foi a auxiliar de serviços gerais Marizânia Nolasco de Boteleiro, que fez um forte relato sobre a situação dela e sua família durante as enchentes.
"A água estava pelo pescoço, e no meu marido, na altura do peito. Naquela água tinha muito bicho. Ratazanas, aranhas. Os bichos vinham ao meu encontro e tentavam subir em mim. A água era tão gelada que doía até os ossos. Saímos dali sem nenhuma esperança do que ia acontecer no dia de amanhã. Sem emprego, sem nada, e acreditando em Deus", contou.
Ela finalizou seu discurso citando o lema do governo federal. "União e reconstrução é isso: é amor. O [Governo] Federal consegue enxergar o povo mais frágil".
Abaixo, confira registros do momento de entrega das casas à população do Rio Grande do Sul.