Herdeiro do mandato deixado pelo tucano Bruno Covas, vítima de um câncer em maio de 2021, Ricardo Nunes (MDB) tem ficado cada dia mais isolado em sua candidatura de extrema-direita, com tímido apoio de Jair Bolsonaro (PL), na capital paulista.
Após o "coach" Pablo Marçal (PRTB) implodir a base bolsonarista e surrupiar boa parte das intenções de votos, Nunes agora enfrenta um possível abandono do União Brasil.
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A sinalização foi feita pelo veterano Milton Leite (União), presidente e líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo, que afirmou que está aberto a conversar com Marçal, José Luiz Datena (PSDB), Tabata Amaral (PSB) e até mesmo com Guilherme Boulos (PSOL), candidato de Lula que está à frente das pesquisas.
Em entrevista ao jornal O Globo, Leite disse que o prefeito "sabe das dores de cabeça dele", sem dizer a razão do afastamento, e se mostrou "aberto" a negociar com "todas as opções que estão na mesa".
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"Reafirmo meu compromisso com o Ricardo Nunes, o União segue no governo Ricardo Nunes, mas o diálogo está aberto e todas as opções estão na mesa", disse Leite.
O principal motivo do atrito tem nome: Jair Bolsonaro (PL). Leite teria se desentendido com Nunes após o prefeito ceder a pressão do ex-presidente e aceitar o nome do coronel Mello Araújo, do PL, como vice.
Leite teria se oferecido para o posto e queria, ao menos, que fosse um indicado do União. O acordo entre os dois resultaria na retirada da pré-candidatura de Kim Kataguiri (União), apoiado pela ala ligada ao MBL do partido.
A decisão vai ser anunciada no dia 20 de julho durante a convenção do União. Leite pretende ainda arrastar outros 11 partidos de direita com a sigla.