URGENTE

Ex-prefeito de Duque de Caxias é alvo da PF por suposta fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro

Policiais cumprem mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Washington Reis

Washington Reis com Flávio e Jair Bolsonaro.Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Washington Reis (MDB), secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ), foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (4). A ação faz parte da 2ª fase da Operação Venire, que investiga supostas fraudes nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.

A PF está executando mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Célia Serrano, ex-secretária de Saúde de Duque de Caxias, também está entre os alvos da PF.

A operação ocorre no mesmo dia em que a PF decidiu indiciar Jair Bolsonaro pelo esquema de suposta falsificação de cartões de vacinação e também no âmbito do inquérito que apura o furto de joias do acervo presidencial. 

Bolsonaro indiciado 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve o indiciamento pedido pela Polícia Federal (PF) no inquérito que apura a venda ilegal de joias no exterior e também no que investiga a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.

Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, o pedido de indiciamento de Bolsonaro foi concluído nos últimos dias e deve ser remetido ainda nesta quinta-feira (4) à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma pessoa investigada passa à condição de indiciada quando o inquérito policial aponta um ou mais indícios de que ela cometeu determinado crime. O indiciamento é formalizado pelo delegado de polícia, com base em evidências colhidas em depoimentos, laudos periciais e escutas telefônicas, entre outros instrumentos de investigação.

Em seguida, quando o inquérito é concluído, a autoridade policial o encaminha ao Ministério Público (MP), que, por sua vez, passa a analisar se há ou não provas contra o indiciado. Se considerar que há provas, o MP, por meio do promotor de Justiça, apresenta denúncia à Justiça.

Outros aliados e auxiliares do ex-presidente, entre eles os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff, também tiveram o pedido de indiciamento feito pela PF.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada com a PF, também está na lista.

Apesar dos pedidos de indiciamento, a PF não vai pedir a prisão preventiva de nenhum deles, segundo Gadelha.