O ex-deputado Daniel Silveira (ex-PTB, hoje sem partido), condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por incitar violência contra os ministros do Supremo Tribunal Federal, pediu ao STF uma progressão de pena para o regime semiaberto, que o permitiria sair da cadeia para trabalhar durante o dia e o obrigaria a retornar para o pernoite. Mas o ministro Alexandre de Moraes vetou o pedido, condicionando a concessão ao pagamento de uma multa oriunda da sua condenação.
Para além dos quase 9 anos atrás das grades, Silveira foi condenado a pagar 35 dias-multa no valor de 5 salários mínimos. O valor total é avaliado em R$ 247,1 mil, levando em consideração o aumento do salário mínimo.
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“Indefiro o pedido de progressão de regime, cuja análise dependerá do efetivo e integral adimplemento da sanção penal pecuniária. Indefiro a compensação entre os valores sequestrados para fins de adimplemento de sanção decorrente do descumprimento de medidas cautelares e a sanção penal pecuniária fixada no acórdão condenatório”, diz trecho da decisão de Moraes.
Ou seja, o ex-deputado tem que desembolsar um quarto de milhão para ter acesso à progressão de pena. No entanto, sua defesa alega que não é possível fazer tal pagamento, uma vez que Silveira teria os bens bloqueados na Justiça pelo próprio Moraes. A alegação é de Paolá Danìel, sua advogada e esposa, que usou as redes sociais para denunciar o que considera uma “ilegalidade” do magistrado.
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“Todas as ilegalidades contra Daniel Silveira são utilizadas. Alexandre de Moraes nega progressão exigindo pagamento de multa mesmo estando hipossuficiente por bloqueios dos nossos bens e valores por ele próprio. Teremos que pagar a multa mesmo provando isso como julgado da recente ADI 7032”, lamentou a advogada.
Condenado durante o governo Bolsonaro, Silveira obteve o perdão de sua pena do então presidente e só foi preso em 2 de fevereiro de 2023, quando mudou o governo. Ele já teria cumprido 25% da pena, o que, segundo sua defesa, lhe dá direito à progressão ao semiaberto.